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Capital

Em noite mais fria do ano, sobe número de acolhidos no Cetremi

SAS não divulgou dados, mas comparação com a semana passada indica que oito pessoas a mais passaram a noite no local

Danielle Valentim | 25/05/2019 16:14
Algumas pessoas ainda resistiam ao frio na manhã deste sábado (25). (Foto: Henrique Kawaminami)
Algumas pessoas ainda resistiam ao frio na manhã deste sábado (25). (Foto: Henrique Kawaminami)

O Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante) acolheu 117 pessoas na noite de ontem (24) considerada pela meteorologia, a mais fria do ano até agora. Com a queda de temperatura, a mínima registrada em Campo Grande foi a 9°C. 

Segundo o meteorologista da Uniderp, Natálio Abraão, o dia na Capital começou com sensação térmica de 7° C, e registrou nesta madrugada a temperatura mais baixa do ano e as temperaturas só voltam a subir a partir de domingo (26).

Nesta manhã, no Centro de Campo Grande, algumas pessoas em situação de rua ainda dormiam nas calçadas. Mesmo recusando falar com a reportagem, todos estavam com cobertores.

A equipe se dirigiu ao Cetremi, para obter informações de quantos haviam chegado para passar a noite, mas também não conseguiu informações exatas. No entanto, obteve dados de que na sexta-feira anterior, o espaço recebeu 109 pessoas e na noite de ontem, 117.

Em frente ao Centremi, a reportagem encontrou o técnico de eletricista, Júlio Cezar Dalmas Silveiras, 44 anos, que está abrigado no local há 35 dias. “Estou aqui deste que fraturei o calcanhar. Eu estava com o pé engessado. Eu me machuquei enquanto trabalhava, cai de uma escada quando mexia na rede elétrica”, contou.

Júlio conta que antes de se machucar, morava com o irmão, mas como teve que parar de trabalhar passou a se abrigar no Cetremi. Como ainda não está 100% recuperado olha carros para se manter. "Foi mais uma noite como as outras, só que mais fria", pontua.

Nas noites mais frias, o trabalho de acolhimento de quem está na rua é feito por equipe do Seas (Serviço Especializado de Serviço Social). As abordagens não têm o intuito de recolher as pessoas em situação de rua, mas de convencê-las a sair dessa situação.

Também são recorrentes os casos de recusa no acolhimento, devido à ingestão de bebidas alcoólicas para aquecimento contra o frio. O Seas tem equipe nas ruas todos os dias, ofertando os serviços do Centro Pop durante o dia e do Cetremi durante a noite.

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