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Capital

Em reprodução simulada, polícia confirma que morte de casal foi premeditada

Luana Rodrigues e Guilherme Henri | 26/07/2017 14:04
Caseiro indicando passo a passo do crime à polícia. (Foto: André Bittar)
Caseiro indicando passo a passo do crime à polícia. (Foto: André Bittar)

A Polícia Civil realizou na manhã desta quarta-feira (26), a reprodução simulada das mortes do ex-vereador Cristóvão Silveira e da esposa dele, Fátima Silveira, na chácara em que os dois moravam, localizada na saída para Rochedo, na MS-080. Para os investigadores, ficou claro que o crime foi premeditado e tinha apenas um objetivo: o roubo de pertences do casal.

De acordo com o delegado Fábio Peró, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), a reprodução foi dividida em duas partes. Primeiro foi feita a simulação com a colaboração de Rogério Nunes Mangelo, 19 anos, filho do caseiro da chácara. Depois o próprio funcionário, Rivelino Mangelo, 45 anos, foi quem indicou o passo a passo do crime à polícia. A estratégia dos policiais era confrontar as versões para chegar até a informação exata do que realmente aconteceu.

O filho do caseiro apenas confirmou aquilo que a polícia já sabia. Já o funcionário contou que Silveira foi o primeiro a morrer, numa emboscada montada pelo grupo. Já a mulher dele, teria sido morta ao tentar defender o marido. “Ela teria pego um cabo de vassoura e partido para cima deles, quando foi atingida pelos golpes”, explicou o delegado.

Diferente do que a polícia desconfia, o caseiro negou que tenha mantido relações sexuais com a mulher. Disse que “apenas passou a mão nas partes íntimas dela”. Porém, não confirmou se a violência sexual foi antes ou depois de matar a vítima.

A polícia também tenta localizar o paradeiro de um 5º envolvido no crime, identificado até agora apenas como ‘Gabriel’. No entanto, ele teria sido contratado por Diogo André dos Santos Almeida, sobrinho de Rivelino, que morreu em troca de tiros com a polícia de Corumbá, o que tem dificultado a localização. “Continuamos trabalhando para tentar localizá-lo”, disse Peró.

A reprodução, que começou por volta das 9h30 da manhã, durou cerca de três horas. Dezesseis policiais participaram do procedimento que servirá como prova no inquérito.

Os aparelhos celulares encontrados com Rivelino, em que há mensagens e gravações dos autores planejando o crime, foram apreendidos e submetidos a exame pericial de degravação dos áudios e mensagens do aplicativo WhatsApp. São estas mensagens que mostram que o crime foi premeditado. "Eles já estavam planejando há uma semana", contou o delegado.

O caso - O crime aconteceu na terça-feira (dia 18), na chácara Bem-te-vi-, localizada na saída para Rochedo, na MS-080. O ex-vereador e a mulher, encontrada nua e com parte das pernas queimada, foram mortos a facadas.

Três pessoas estão presas no Garras : o caseiro da chácara Rivelino Mangelo, 45 anos; e seus filhos Alberto Nunes Mangelo, 20 anos; e Rogério Nunes Mangelo, 19 anos.

Os três foram indiciados por quatro crimes: associação criminosa, estupro, receptação e roubo seguido de morte.

Eles passaram por audiência de custódia na manhã de ontem (20) e o juiz converteu em preventiva a prisão em flagrante. Os três devem permanecer em uma das celas do Garras até serem levados para a penitenciária.

O quarto suspeito, Diogo André dos Santos Almeida, 19 anos, sobrinho de Rivelino, morreu em troca de tiros com a polícia de Corumbá. O quinto envolvido no crime, identificado apenas como Gabriel, segue foragido e a polícia faz buscas.

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