Encontro apresenta programa de recuperação para dependentes químicos
O juiz federal Odilon de Oliveira falou sobre a importância da família na prevenção e na recuperação dos dependentes químicos
O plenário da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) recebeu na manhã deste sábado (25) o 3º Encontro das Famílias do Instituto Eurípedes Barsanulfo, com o tema “Família x Drogas – Quem vence?”.
O juiz federal Odilon de Oliveira falou sobre a importância da família na prevenção e na recuperação dos dependentes químicos. De acordo com o juiz, o maior desafio é a reinserção do dependente na sociedade.
“A primeira fase é de prevenção e precisa do apoio da família. Depois tem a fase do tratamento, que é mais complexo, que envolve a psiquiatra e psicólogo. A terceira fase da é profissionalização para determinados usuários, preparação pra reinserção do trabalho. Ai se completa o ciclo”, explica o juiz.
Odilon defende que recursos apreendidos de criminosos envolvidos com o narcotráfico sejam utilizados para financiar políticas públicas, que contariam com a parceria da iniciativa privada e das entidades não governamentais e religiosas.
O Petre (Programa Evolutivo de Tratamento e Recuperação) está em fase de implantação no instituto. Atualmente, os internos permanecem no instituto por um ano.
Com a esta nova proposta, os internos ficarão no local pelo mesmo período, porém o tratamento compreenderá três etapas, envolvendo também a família e proporcionando o retorno do paciente à sociedade de forma gradual e não traumática.
De acordo com José Renato Delben, vice-presidente do Instituto Eurípedes Barsanulfo, com o novo modo de atendimento, será trabalhada a reintegração gradativa e a reaproximação da família, de forma que os internos possam deixar a entidade empregados.
“O Petri é uma nova proposta de abordagem, mais elaborada e detalhada nos objetivos, fazer o tratamento mais eficiente. O método antigo, que todo mundo usa, tem índice de sucesso baixo, o índice de abstinência é de 5%. O que a gente quer é trabalhar melhor a entrada do adicto na comunidade e depois a reinserção na sociedade”, detalha Delben.