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Capital

Engraxates sobreviventes nas ruas da Capital sabem que profissão não vai longe

A profissão, no século passado, viveu seu apogeu. Hoje, são “sobreviventes” aqueles que ainda exercem a função.

Marcos Rivany | 21/10/2020 17:34
Josias é engraxate há quase meio século e sabe que a profissão pode deixar de existir. (Foto: Paulo Francis)
Josias é engraxate há quase meio século e sabe que a profissão pode deixar de existir. (Foto: Paulo Francis)

São 48 anos, quase meio século lustrando e e devolvendo cor aos sapatos de muita gente. O número de pessoas atendidas por Josias de Oliveira, um dos engraxates que trabalham na Rua Barão do Rio Branco, em Campo Grande, é imaginável.

Anos e anos na mesma profissão, o que Josias afirma é: “Eu acho que tá acabando”. E parece que está mesmo. Dá pra contar nos dedos os engraxates trabalhando pelas ruas da Capital. A profissão, no século passado, viveu seu apogeu. Hoje, são “sobreviventes” aqueles que ainda exercem a função.

E é isso, parece que realmente com mais alguns anos o engraxate vai deixar de existir.

Mas, e o motivo de uma profissão tão vangloriada anos atrás seguir, para quem sabe, sua reta final, seria o que?

André Luis também tem uma história com a profissão de engraxate. (Foto: Marcos Rivany)
André Luis também tem uma história com a profissão de engraxate. (Foto: Marcos Rivany)

Um cliente, adepto ao engraxamento de sapatos responde: “Vem diminuindo a cada tempo. Por outras opções de calçado que tem, como o tênis, não ter necessidade de engraxar”, diz José Jorge de Souza, corretor de imóveis.

A clientela não só de Josias, mas do colega de profissão, André Luiz, de 55 anos, é fixa. É muito difícil quando surge alguém novo. A tecnologia fez com que sapatos mais novos não tivessem essa necessidade de serem engraxados. Está aí, o “contra” que duela com o “pró” de um mundo evoluído.

Veja o vídeo e conheça um pouco da profissão que não vai muito longe:


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