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Capital

“Era um anjo”, diz pai sobre dor de sepultar filha após acidente

Menina de 11 anos e o bisavô morreram após colisão na BR-262, em Campo Grande

Por Bruna Marques e Dayene Paz | 22/12/2025 12:37
“Era um anjo”, diz pai sobre dor de sepultar filha após acidente
Pai e tia-avó da criança no Imol (Foto: Dayene Paz)

No início da tarde desta segunda-feira (22), o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande foi cenário de luto. O pai da menina de 11 anos, morta em acidente na BR-262, na Capital, chegou ao local após comprar a roupa para o sepultamento da própria filha.

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Pai e mãe de menina de 11 anos comparecem ao Imol de Campo Grande para liberar o corpo da filha, vítima de acidente na BR-262. A criança e seu bisavô, Valdemar Paulo da Penha, de 80 anos, faleceram após colisão frontal entre dois veículos na saída para Três Lagoas. O acidente ocorreu durante uma tentativa de ultrapassagem mal-sucedida. A motorista Valéria Amaro da Penha, de 47 anos, sobreviveu e foi internada na Santa Casa. A família viajava de São Paulo para passar as festas de fim de ano em Campo Grande, mantendo uma tradição familiar. Os corpos serão sepultados em São Paulo.

Acompanhado da esposa, mãe da criança, o homem se identificou apenas como Gabriel. Abalado, falou pouco ao lembrar da filha. “Ela era um anjo, a gente chamava ela de esmeralda. Não temos nem o que falar nesse momento”, disse, enquanto amparava a esposa.

A menina morreu em um acidente na BR-262, ocorrido neste domingo, em Campo Grande, na saída para Três Lagoas, próximo ao Autódromo Internacional. No mesmo acidente morreu o bisavô dela, Valdemar Paulo da Penha, de 80 anos.

Também estava no Imol Maria da Penha, filha do idoso e tia-avó da criança. Moradora do Bairro São Jorge da Lagoa, em Campo Grande, ela contou que o pai vinha de São Paulo para passar o Natal e o Ano Novo com a família, tradição mantida há anos.

“Era um anjo”, diz pai sobre dor de sepultar filha após acidente
Veículo HB20 ficou destruído após o acidente (Foto: Henrique Kawaminami)

“Todo ano era assim. Ou eles vinham ou eu ia. Ele trouxe muita coisa no carro para passar o fim do ano com a gente”.

Ao falar do pai, a filha destacou características que marcavam a convivência familiar. “Ele era guerreiro, brincalhão, gostava da vida e protegia muito os filhos. Onde ele estava era alegria. A família era unida por causa dele.”

A mãe de Gabriel também estava no veículo e sobreviveu. Ela segue internada na Santa Casa e ele informou que iria visitá-la após os procedimentos no Imol.

Os corpos do idoso e da criança serão sepultados no estado de São Paulo, após a liberação e o translado. A cidade não foi divulgada. Bisavô e bisneta serão enterrados juntos.

Como foi o acidente – Segundo o tenente Randolfo Rocha, do Corpo de Bombeiros (CB), a colisão foi frontal e envolveu um HB20 e um veículo de passeio de cor cinza. O acidente aconteceu no momento em que o carro cinza tentava uma ultrapassagem.

O motorista do HB20 relatou que seguia no sentido Ribas do Rio Pardo, enquanto o outro veículo trafegava em direção a Campo Grande. Durante a manobra, o carro cinza não conseguiu concluir a ultrapassagem, tentou ir para o acostamento, rodou na pista e saiu para a vegetação. O impacto espalhou destroços pela rodovia.

“Era um anjo”, diz pai sobre dor de sepultar filha após acidente
Após a colisão, veículo saiu da pista e foi parar no mato às margens da rodovia. (Foto: Henrique Kawaminami)

Antes da chegada do socorro, pessoas que passavam pelo local retiraram a criança do veículo. Houve tentativa de reanimação, sem sucesso. A equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) constatou a morte da menina. O socorrista também constatou que o idoso já estava morto quando o atendeu.

A motorista do carro cinza, Valéria Amaro da Penha, de 47 anos, sofreu fratura na perna e foi encaminhada consciente para a Santa Casa. Conforme o atendimento médico, ela já havia sido informada sobre a morte do pai e da neta.

Dentro do veículo havia malas, mochilas, cobertores e travesseiros, o que indica uma viagem longa. Era uma família indo passar as festas. A estrada decidiu outra coisa.

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