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Capital

“Era um rapaz trabalhador”, dizem vizinhos de dono de conveniência morto a tiros

Moradores da região acreditam que Lucas Ferreira Sanabria tenha sido confundido com outra pessoa

Ana Paula Chuva e Mariely Barros | 07/01/2023 10:48
“Era um rapaz trabalhador”, dizem vizinhos de dono de conveniência morto a tiros
Conveniência onde Lucas foi morto fica na esquina das ruas Cenira Soares Magalhães com Lúcia dos Santos. (Foto: Alex Machado)

A morte de Lucas Ferreira Sanabria, 28 anos, na madrugada deste sábado (7), no Bairro Parque do Lageado, foi uma surpresa para os vizinhos que o descreveram como um rapaz “tranquilo e trabalhador”. A vítima foi executada com ao menos cinco tiros em frente a sua conveniência enquanto atendia clientes.

Ao Campo Grande News, a auxiliar de cozinha Joelma Felipe, 42 anos, contou que a mãe dela escutou o barulho, mas acredito se tratar de fogos de artificio. Segundo ela, o rapaz morava com a esposa e o filho pequeno na casa aos fundos da conveniência há aproximadamente 11 anos, mas o comércio foi aberto há seis meses.

“Ele não parecia ter rixa com ninguém. Ele e a esposa são muito trabalhadores e a gente ficou surpreso com a morte dele. Acho que mataram por engano, porque ele era muito tranquilo. Não dá para entender o que aconteceu. A gente fica com medo, vai saber”, disse a Joelma.

Assim como ela, um vizinho de Lucas, que prefere não se identificar, contou que conhece o casal desde quando eram pequenos. E ouviu apenas dois tiros e quando saiu viu o rapaz sendo socorrido.

“Lucas era um menino tranquilo. Às vezes os clientes dele se desentendiam, tinha confusão, mas não tínhamos problemas. Ele e a esposa foram criados no bairro, não temos o que falar. Sempre foram trabalhadores. Ficamos assustados. Acredito que ele tenha sido confundido”, explicou o autônomo de 72 anos.

Já a comerciante de 53 anos, que tem um bar na mesma rua da conveniência de Lucas, disse que ficou sabendo pela boca dos vizinhos. Ela, que também não quis se identificar, contou que sempre viu o rapaz trabalhando para sustentar a família.

“Eles são casados há uns 10 anos, conheço ele desde quando era solteiro. Ele trabalhava como pedreiro, depois abriu a conveniência. Sempre trabalhando para sustentar a família. A gente que é dono de bar entende que quando tem briga entre os clientes foge ao nosso controle, mas não dá para entender o que aconteceu. É uma tristeza”, contou a comerciante.

Execução - Conforme o boletim de ocorrências, o  comerciante estava atendendo clientes na madrugada pela grade do estabelecimento, quando o atirador chegou, chamou o comerciante pelo nome e pediu uma cerveja. Na sequência, foram realizados os disparos e o suspeito fugiu a pé.

A esposa da vítima pediu ajuda a um cliente e encaminhou a vítima de carro para a unidade de saúde do Coophavilla 2. No entanto, o comerciante chegou no local sem vida. Os disparos atingiram o abdômen, costas e braço direito. Não foi possível realizar perícia no local do crime, pois o mesmo não estava preservado.

As cadeiras e mesa de bar estavam amontoadas e as capsulas deflagradas foram tiradas do local. Questionada, a esposa da vítima não soube dizer quem seria o atirador e qual a motivação o crime.

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