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Capital

Erosão no Nova Lima aumenta e engole poste na Marquês de Herval

Nyelder Rodrigues e Mariana Lopes | 21/06/2012 20:10
Erosão chegou ao asfalto e levou poste, que está pendurado pelos fios de alta tensão (Foto: Simão Nogueira)
Erosão chegou ao asfalto e levou poste, que está pendurado pelos fios de alta tensão (Foto: Simão Nogueira)

Com a chuva que cai sobre Campo Grande nessa quinta-feira (21), a erosão do bairro Nova Lima aumentou e atingiu o asfalto da avenida Marquês de Herval e um poste de alta tensão, que ficou pendurado apenas pelos fios. Agetran e Enersul isolaram o local preventivamente.

Conforme o coordenador de Manutenção da Enersul, Rodrigo Prado, toda a rede de energia do Nova Lima foi desligada por medida de segurança imediatamente após o poste ceder. A ação foi tomada para que não houvesse risco dos fios se incendiarem caso se rompessem.

“Os cabos serão cortados para que eles fiquem bambos e não tenha mais perigo de chicotear caso o poste ceda mais”, explica Prado sobre o procedimento que foi tomado pela Enersul.

De acordo com o coordenador, a rede de energia do bairro vai continuar desligada até que tenha garantia de que não há mais riscos para os moradores. A Agetran informa que um triângulo com cerca de 300 metros para cada lado ao redor da cratera foi interditado.

Erosão - O secretário de Obras e Serviços Públicos de Campo Grande (Sesop), João Antônio de Marco, disse que a obra de contenção da erosão no local não estava nem 30% concluída. A obra começou em março e o planejamento do Sesop era trabalhar em período de seca. “Veio essa chuva atípica, o solo foi encharcado e o processo erosivo avançou em direção à pista”, afirma.

Segundo de Marco, se a chuva continuar, existe o risco de aumentar ainda mais a erosão no local. Ele também diz que as obras só vão poder continuar depois que o tempo firmar, e os funcionários tiverem segurança para realizar os trabalhos já em solo seco. Amanhã, os homens do Sesop voltam ao local para tentar controlar a situação.

Moradores - Em frente ao local onde o poste foi engolido pela cratera, mora Maria Isabel de Carvalho Socorro, de 51 anos. Ela conta que no momento do desmoronamento, estava dentro de casa, mas ouviu um forte estrondo e viu os fios em chamas. “Para salvar algumas coisas, levei para a casa da vizinha meus documentos, roupas, o carro e a moto”, conta Maria.

A moradora acredita que até amanhã cedo, a cratera vai aumentar. “Essa erosão vai estar aqui na porta de casa até amanhã cedo. Aqui é o nosso ganha pão, é o nosso lar”, diz Maria, que relata que desde cedo vem caindo o barranco. Ela diz que observou anteriormente que manilhas foram levadas pelo desmoronamento, até que a erosão engoliu tudo.

O marido de Maria, Carlos Alfredo Soares da Costa, de 51 anos, é o proprietário de uma borracharia ao lado da residência, onde moram há 30 anos, e conta que o problema se arrasta há uma década e meia. “Essa novela tem 16 anos. A prefeitura ao invés de resolver, transfere o buraco de um lado para o outro”.

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