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Interior

Justiça nega habeas corpus de prefeito preso por corrupção

Desembargador mantém Henrique Budke detido e encaminha processo à PGJ para parecer

Por Gustavo Bonotto | 17/09/2025 18:48
Justiça nega habeas corpus de prefeito preso por corrupção
O prefeito afastado de Terenos, Henrique Budke, durante campanha institucional. (Foto: Arquivo/Prefeitura de Terenos)

A Justiça negou, nesta terça-feira (17), o habeas corpus do prefeito afastado de Terenos, Henrique Budke (PSDB), preso desde 9 de setembro durante a Operação Spotless, que investiga corrupção e desvios de recursos públicos. A decisão foi tomada pelo desembargador Jairo Roberto de Quadros, relator do agravo interno criminal. O pedido buscava a liberdade provisória do político para concentrar-se na defesa.

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Prefeito de Terenos teve habeas corpus negado pela Justiça. Henrique Budke (PSDB) está preso desde 9 de setembro, acusado de corrupção e desvio de recursos públicos na Operação Spotless. O desembargador Jairo Roberto de Quadros indeferiu o pedido de liberdade provisória, encaminhando o processo à Procuradoria-Geral de Justiça. Budke é acusado de receber R$ 646 mil em propina, incluindo valores relacionados à construção de uma escola. A investigação aponta aumento patrimonial incompatível com seus rendimentos, com indícios de lavagem de dinheiro por meio de compra de imóveis e participação em empresas. A defesa do prefeito afirma que ele é inocente e aguarda a apuração dos fatos. Dezesseis pessoas foram presas na operação.

O magistrado indeferiu a liminar e determinou o envio do processo à Procuradoria-Geral de Justiça para manifestação dentro do prazo regimental. Ambos os textos foram disponibilizados no Diário da Justiça.

A operação identificou que o chefe do Executivo recebeu R$ 646 mil em propina entre 2021 e 2024, incluindo R$ 255 mil relativos à construção de um bloco da Escola Jamic. A investigação apontou evolução patrimonial de 318%, de R$ 776.210,57 em 2020 para R$ 2.468.418,61 em 2024, considerada incompatível com os rendimentos do cargo público.

O Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) apuraram que parte do dinheiro foi usada para compra de imóveis e participação em empresas. Um exemplo é a Resilix Ltda., cuja participação societária do prefeito foi declarada em R$ 1 mil, mas atingiu valor real de R$ 745,9 mil. Também foram apontadas divergências entre o valor declarado e o de mercado de propriedades, como a Fazenda Ipê Amarelo, em Aquidauana.

Na semana retrasada, a operação prendeu 16 pessoas, incluindo empresários, empreiteiros e policiais, suspeitos de integrar esquema de desvio de recursos. Entre os presos, apenas a empreiteira Nádia Mendonça Lopes obteve prisão domiciliar para cuidar dos filhos pequenos.

As demais pessoas permanecem detidas enquanto a Justiça investiga o envolvimento de cada acusado.

“Henrique foi surpreendido com a operação, pois sempre pautou sua vida em honestidade e transparência. Pediu afastamento do cargo para poder se concentrar em sua defesa. E aguarda a evolução das apurações, depositando na Justiça a confiança de que a verdade provará sua inocência”, informa a nota divulgada pelo advogado Julicezar Barbosa, responsável pela defesa do prefeito.

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