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Capital

Espancada pelo marido, mulher cai na rua e morre

Segundo familiares, vítima apanhou no fim de semana; nesta manhã, morreu logo após pedir socorro

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 17/03/2021 08:51
Mulher morreu na calçada perto de casa, no Jardim Los Angeles (Foto: Direto das Ruas)
Mulher morreu na calçada perto de casa, no Jardim Los Angeles (Foto: Direto das Ruas)

A dona de casa Leonida Freitas, de 48 anos, passou mal, foi para a rua pedir socorro, caiu e morreu na manhã desta quarta-feira (17), no Jardim Los Angeles, em Campo Grande. Segundo a família da vítima, o "mal súbito" acontece dias após ela ser espancada a vassouradas pelo marido.

Os parentes afirmam que Leonida apanhava com frequência e que foi espancada pelo marido, identificado como Sebastião Rodrigues de Freitas, no fim de semana, na casa onde o casal vivia, com o filho de 15 anos, na Rua Jurupuju.

“Ele bateu muito nela e fugiu”, revelou Catarina de Souza, 59 anos, que se identificou como irmã da vítima, revoltada com a situação. Ela acredita que a morte de Leonida seja consequência das constantes agressões.

Depois de bater na mulher, segundo as testemunhas, o homem fugiu, mas retornou nesta manhã e agrediu novamente a mulher. Desesperada e reclamando de dores, a vítima correu para a rua nesta manhã, mas não resistiu e morreu na Rua Dom Fernandes Sardinha.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ser acionado para atender a ocorrência, mas quando chegou ao local nada pôde fazer.

Ramona de Souza, 53 anos, chora ao lembrar do horror vivido pela irmã (Foto: Henrique Kawaminami)
Ramona de Souza, 53 anos, chora ao lembrar do horror vivido pela irmã (Foto: Henrique Kawaminami)

Agressões - Além de Catarina, outras integrantes da família lembraram do horror vivido por Leonida durante 18 anos de relacionamento. De acordo com Ramona de Souza, 53 anos, que também disse à reportagem no local do ocorrido ser irmã da vítima, a dona de casa já chegou a ter a orelha decepada durante uma briga com o marido e foi furada por faca.

Ramona narra ainda que o cunhado já "colocou a mulher em buraco" e ameaçou atear fogo contra ela. “Já havíamos tentado tirar ela de casa, mais de uma vez. Mas, não tinha jeito”, lamentou.

A filha do suspeito, Walquíria  Rodrigues de Freitas, de 46 anos, também relatou que o pai agredia a madrasta diariamente. “Os dois bebiam muito. As agressões eram constantes. Ela tinha até medida protetiva contra ele”, disse.

Matéria editada às 9h40 para acréscimo de informação. 

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