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Capital

Estudo internacional reforça eficácia dos “wolbitos” para combate à dengue

A Capital é a única cidade que terá o método Wolbachia implantado em 100% do território

Aline dos Santos | 10/10/2022 08:03
Recipiente onde os wolbitos ficam alojados antes de serem soltos no ambiente. (Foto: Marcos Maluf)
Recipiente onde os wolbitos ficam alojados antes de serem soltos no ambiente. (Foto: Marcos Maluf)

Estudo publicado na The Lancet, uma das revistas cientificas mais conceituadas do mundo, por pesquisadores da Universidade de Cambridge (Reino Unido) reforça as evidências da eficácia do método Wolbachia  na redução da incidência de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue. Em Campo Grande, o projeto começou a ser implantado em dezembro de 2020.

A Capital é a única cidade que terá o método implantado em 100% do território. Ao todo, são seis fases de soltura dos “wolbitos” em Campo Grande, que atualmente já se encontra na sua quinta fase. Serão 74 bairros contemplados nas sete regiões urbanas.

No Brasil, o projeto é realizado em outras quatro cidades: Niterói (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Petrolina (PE) e Belo Horizonte (MG).

“Ter o reconhecimento da ciência e do mundo científico pela respeitada revista The Lancet, com certeza fortalece as ações da Sesau colocando-a na vanguarda da ciência e serviço de referência em saúde para o nosso país e para o mundo. É um grande orgulho pessoal e de todos servidores da saúde de Campo Grande”, afirma o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho.

Os resultados obtidos pelo estudo reforçam as evidências de que os mosquitos com Wolbachia podem reduzir consideravelmente o peso – para o sistema público de saúde – de diferentes arboviroses. No Rio de Janeiro, a liberação dos mosquitos resultou em uma redução de 38% na incidência de dengue e 10% de chikungunya.

A Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 50% dos insetos, inclusive em alguns mosquitos. No entanto, não é encontrada naturalmente no Aedes aegypti. Quando presente neste mosquito, a Wolbachia impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam dentro dele, contribuindo para redução destas doenças.

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