Estupro representa 40% dos processos na Vara da Infância de Campo Grande
Das 3.155 ações que tramitam na unidade, 1.266 são pelo crime de abuso sexual contra menores de 14 anos

Dos 3.155 processos envolvendo crianças e adolescentes na Capital, 1.266 são por casos de estupro. O número representa 40,1% das ações que tramitam na Vara da Infância e Juventude e levantou alerta da Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul neste Maio Laranja, mês de combate ao abuso sexual infantil.
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Em Campo Grande, 40,1% dos 3.155 processos na Vara da Infância e Juventude são referentes a casos de estupro, totalizando 1.266 ações. O levantamento do Sistema de Automação Judicial também aponta 15 processos sobre favorecimento da prostituição infantil e 312 relacionados a crimes previstos no ECA. Nos últimos 12 meses, foram registradas 151 novas ações penais por estupro de vulnerável, 233 por crimes do ECA e 15 por importunação sexual. Segundo o juiz Ronaldo Gonçalves Onofri, os números são alarmantes e não refletem a totalidade dos casos, pois muitas vítimas demoram anos para denunciar.
Os dados foram divulgados são do Sistema de Automação Judicial e foram divulgados nesta quinta-feira (15). Além dos casos de estupro, há 15 processo sobre favorecimento da prostituição infantil e mais 312 relacionados a crimes previstos no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) como posse e divulgação de pornografia infantojuvenil.
De acordo com o juiz titular da Vara Especializada, Ronaldo Gonçalves Onofri, só nos últimos 12 meses foram ajuizadas 151 novas ações penais por estupro de vulnerável, 233 por crimes do ECA e 15 por importunação sexual.
“Esses números são alarmantes e ainda não refletem a totalidade dos casos. Muitas vítimas demoram anos para denunciar, por medo ou vergonha. Precisamos romper o silêncio, entender que o abuso sexual vai além da conjunção carnal e se manifesta em toques, manipulações e outros atos que violam a integridade das crianças”, disse o magistrado.
Ronaldo ainda destaca que é fundamental que pais, responsáveis e profissionais que atuam com crianças e adolescentes percebam as mudanças de comportamento como apatia, agressividade, sexualização e tentativas de fuga.
Já o juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, reforça a importância da data para estimular a conscientização. “O 18 de Maio é mais que um marco legal. É um lembrete do nosso dever diário de proteger a infância. Estamos engajados em divulgar informações úteis à população por meio das redes sociais, promovendo a prevenção e o acolhimento”, finalizou o presidente da Amamsul.
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