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Capital

"Eu pensei que era bombinha", diz garoto sobre tiros no Monte Alegre

Nadyenka Castro e Elverson Cardoso | 20/02/2012 12:00

Dupla em carro atirou em outra que também estava em um veículo. Uma pessoa morreu e outra ficou ferida

Crime aconteceu em rua com pouca iluminação pública. Faixa amarrada ao poste indica que o ponto foi isolado pela Polícia. (Foto: Pedro Peralta)
Crime aconteceu em rua com pouca iluminação pública. Faixa amarrada ao poste indica que o ponto foi isolado pela Polícia. (Foto: Pedro Peralta)

O domingo de Carnaval era para ser só ‘mais um domingo’ para um adolescente de 13 anos, morador do Jardim Monte Alegre, em Campo Grande. No entanto, para o menino, o dia 19 de fevereiro ficará marcado pelos tiros que ouviu e a movimentação de bombeiros e policiais que viu na rua onde mora.

Ele jantava dentro de casa quando ouviu o barulho e saiu para ver o que estava acontecendo. “Eu pensei que era bombinha e quando fui ver, o cara estava correndo”, diz o adolescente referindo-se ao homem que atirou em Valdomiro dos Santos, 61 anos, e no genro dele, Cláudio Aguero Candia, 30 anos.

Logo depois de acertar os alvos, o atirador entrou novamente no Gol de cor preta, geração cinco, que ocupava e fugiu com o comparsa, o condutor do veículo. A dupla seguiu em direção ao bairro Pioneiras.

A noite desse domingo também ficará por muito tempo na lembrança de outros moradores da rua dos Gonçalves, que afirmam que o bairro é violento e que estão com medo. Uma família quase não conseguiu entrar em casa por causa da movimentação.

A família chegava na residência e por pouco não entrou no imóvel porque o carro dos atingidos pelos tiros, um Fiat Uno, estava em frente ao local. Morador próximo, um homem que não quis se identificar afirma. “Aqui é muito violento. Eu mesmo já corri atrás de assaltante e estuprador. Aqui largam carro e moto roubada”.

Apesar de dizerem já estar acostumados com a violência, os moradores não tinham testemunhado assassinato no local. Eles dizem que ouviram cinco tiros e barulho de carros.

Segundo o relato de testemunhas à Polícia, o Gol seguia o Fiat Uno, com seus ocupantes disparando tiros e mandando Cláudio parar o carro. Em um determinado ponto da via, Cláudio obedeceu a ordem e o motorista do Gol parou o veículo em frente.

O passageiro desceu, atirou nos alvos e foi embora com o comparsa. Cláudio morreu no local e o sogro dele, Valdomiro, está internado na Santa Casa. Ele foi submetido a cirurgia no tórax - para verificar se havia ocorrido hemorragia - e o estado de saúde é considerado estável.

O carro das vítimas também foi alvejado. Os tiros são de pistola calibre 765. Não há pistas sobre os autores, cujo carro que ocupavam estava com placas de Aparecida de Goiânia, Goiás.

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