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Capital

Ex-estagiárias contestam dados do MPE em ação contra prefeitura

Aline dos Santos | 11/03/2016 12:48

Ex-estagiárias da prefeitura de Campo Grande contestam os dados apresentados pelo MPE (Ministério Público do Estado) em ação na Justiça que pede a suspensão de contratação de estagiários sem processo seletivo. A título de exemplo, o Ministério Público cita seis nomes de pessoas que eram estagiárias em março de 2013, mas se inscreveram em agosto de 2013.

Três afirmaram ao Campo Grande News que o dado do Ministério Público está errado. Mayara Arruda afirma que foi contratada em 18 de dezembro de 2013 e tinha feito o cadastro em abril de 2013. “Uma amiga que estava no estágio avisou que tinha aberto cadastro e eu fiz”, diz. Ela conta que passou por duas entrevistas, foi selecionada e fez estágio por dois anos na Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico).

Surreila Nimer Pisano tem relato similar. A jovem de 21 anos informa que entrou na lista para estágio em agosto de 2013 e começou o estágio na Sedesc em 3 de novembro. Chiara Valicenti, 23 anos, relata que começou estágio na Sedesc em primeiro de novembro de 2013 e fez a inscrição em meados daquele ano. Ela ficou no estágio por dois anos e a contratação foi encerrada em novembro de 2015.

Chiara afirma que durante o estágio chegou a receber ligação informando que viram seu nome no banco de dados dos estagiários e se ela não tinha interesse em uma vaga. Para a jovem, isso evidencia que o cadastro não tem um bom controle.

“Acho que se o Ministério Público tem a intenção de suspender a contratação de estagiário, deve fazer um depoimento verdadeiro e não colocar nas nossas costas o motivo da decisão”, diz Chiara.

Conforme o MPE, as ex-estagiárias podem anexar documentos na ação, que tramita na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, na condição de terceiro interessado.

Ação – Antes de acionar a Justiça, o MPE já havia feito recomendação para que o município parasse de selecionar e contratar estagiários com base em subjetiva “análise curricular”, desprovida de critérios objetivos e que empreendesse o devido processo seletivo de forma isonômica.

“Entretanto, a supracitada Recomendação não foi acatada pelo Município de Campo Grande, que alegou problemas financeiros do Município, sem sequer apresentar documentos que confirmassem sua situação”.

A ação também pede que a prefeitura apresente em 30 dias cronograma de realização de processo seletivo para contratação em todas as funções de estagiários. O processo foi apresentado no dia 4 e não há decisão.

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