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Capital

Ex-funcionários são ouvidos sobre movimentação financeira na Seleta

Ângela Kempfer e Yarima Mecchi | 15/12/2016 10:18
Advogado de Magali Picarelli (segundo à esquerda) e presidente eleito da Seleta (de vermelho), hoje cedo na sede do Gaeco.
Advogado de Magali Picarelli (segundo à esquerda) e presidente eleito da Seleta (de vermelho), hoje cedo na sede do Gaeco.

Pelo menos dois ex-funcionários da Seleta são ouvidos na manhã desta terça-feira na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em Campo Grande. Eles já se desligaram da entidade, mas durante anos trabalharam no setor financeiro.

O motorista Marcos Aurélio Domingos Gomes, de 47 anos, atendeu a Seleta nas administrações de Rubens Pereira e de Gilbraz Marques, até se aposentar por conta de problema nos rins, no ano passado.

Segundo ele, foi chamado pelo Gaeco para detalhar a rotina de trabalho durante os 4 anos que ficou na entidade. “Perguntaram quantas vezes eu ia ao banco, se sabia de quantias depositadas e destinatários. Eu disse que ia todos os dias após o almoço, na agência do HSBC da Rua 14 de Julho, mas que não sei de nada, só depositava e entregava os recibos”, contou na saída.

Outro a depor hoje é o ex-funcionário do setor financeiro, Ericksson Motty, de 25 anos, responsável por prestações de contas na Seleta. “Sai em junho, não sei o que eles vão perguntar”, comentou na chegada à sede do Gaeco na manhã de hoje.

O grupo investiga crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e improbidade administrativa, envolvendo Seleta e Omep (Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar), cuja presidente, Maria Aparecida Salmaze, está presa.

O presidente eleito da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária, Romário Seffrin, também está no Gaeco. Ele chegou por volta das 9h20, acompanhado de seu advogado, José Roberto da Rosa, que garantiu dar detalhes após o depoimento. O novo presidente já dirigiu a instituição e agora foi eleito para mais um mandato.

Atualmente, Gilbraz Marques é quem preside a Seleta. Ele foi alvo de condução coercitiva durante nova fase da Operação Urutau, na terça-feira (13), quando a pessoa é forçada a depor.

Quem também passou pelo Gaeco nesta terça-feira foi o advogado da vereadora Magali Picarelli (PSDB) que, no dia da operação, foi levada para depor. Carlos Marques, que também defende as servidoras cedidas no gabinete da parlamentar, voltou a dizer que a situação é normal, não havendo qualquer irregularidade.

Segundo o MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), instituição a qual o Gaeco é subordinado, há indícios de esquema de contratações fraudulentas, com funcionários fantasmas, em convênios mantidos com a Prefeitura de Campo Grande.

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