Falta de medicamento põe em risco a vida de quem fez transplante de rim
A empresa fornecedora pediu um prazo de 15 dias para a entrega
Há quatro dias a dona-de-casa Eva José, de 34 anos, está sem um medicamento usado contra a rejeição em pessoas que passaram por transplante de rim .
Ela diz que todo dia liga na Casa de Saúde, em Campo Grande, para saber quando chegará o remédio chamado Sandimmun 100 mg e a resposta é sempre a mesma, não há previsão.
Eva conta que é transplantada há 16 anos e é a primeira vez que fica sem o medicamento. “Eu tenho medo de ficar tanto tempo assim sem o remédio, se não tomar o meu organismo rejeita o órgão que eu tenho transplantado”, disse. Segundo ela, a família não tem condições de pagar pelo medicamento que custa R$ 415.
Ela toma um comprimido ao dia e no momento só esta com um medicamento para rejeição que é o Myfortic. “Tenho que tomar os dois, sempre foi assim nesses anos”.
De acordo com a Casa de Saúde, o pedido da compra foi feito no dia 6 de junho, porém houve um atraso por parte da empresa fornecedora.
A distribuidora pediu um prazo de 15 dias para a entrega. A empresa será multada pelo atraso.
Conforme o secretário adjunto da Secretaria de Saúde do Estado, Eugênio de Barros, já foi solicitado o empréstimo do medicamento a secretárias de outros estados.