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Capital

Família acredita que avô e neto foram mortos por engano

Os criminosos estavam numa motocicleta Honda Biz, o passageiro desceu e efetuou dezenas de disparos

Por Viviane Oliveira, Gabi Cenciarelli e Raíssa Rojas | 25/05/2025 10:37
Família acredita que avô e neto foram mortos por engano
Alessandra durante entrevista na manhã deste domingo (Foto: Paulo Francis)

A família do policial militar aposentado Nelson Carvalho Vieira, de 69 anos, e de seu neto, Denner Vieira Vasconcelos, de 21 anos, acredita que a execução dos dois, na noite deste sábado (25), na Rua Anacá, na Vila Moreninha II, em Campo Grande, tenha sido um engano.

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Um policial militar aposentado de 69 anos e seu neto de 21 foram executados na noite de sábado em Campo Grande, na Vila Moreninha II. Nelson Carvalho Vieira e Denner Vieira Vasconcelos estavam na varanda de casa quando foram surpreendidos por dois homens em uma motocicleta Honda Biz branca. Os familiares acreditam que as mortes foram por engano, pois as vítimas não tinham envolvimento com atividades criminosas. Nelson foi atingido por um tiro ao tentar proteger o neto, que recebeu 14 disparos. A perícia recolheu aproximadamente 50 cápsulas deflagradas no local. O caso é investigado como homicídio qualificado.

“Tenho certeza que foi por engano. O Denner era uma pessoa super querida, não tinha problema com ninguém, todo mundo gostava dele”, afirmou, emocionada, Alessandra Freitas, mãe do rapaz e filha de Nelson.

Avô e neto estavam na varanda de casa, onde também funciona um lava-jato, quando foram surpreendidos pelos assassinos. Segundo testemunhas, os criminosos estavam numa motocicleta Honda Biz, de cor branca. O passageiro desceu e efetuou dezenas de disparos. Abaixo, câmera de segurança flagrou o momento em que os atiradores passam de motocicleta na rua.

A PM (Polícia Militar), primeira equipe policial a atender a ocorrência, encontrou as vítimas já sem vida, com muito sangue ao redor. Nelson foi atingido por um disparo, enquanto Denner apresentava ao menos 14 perfurações. O óbito foi atestado pelo Corpo de Bombeiros. A perícia recolheu cerca de 50 cápsulas deflagradas no local.

De acordo com familiares, Nelson morreu porque entrou na frente do neto durante o ataque, enquanto o cachorro da família, um labrador, também tentou proteger Denner e acabou baleado. O animal foi socorrido e levado ao hospital veterinário, onde permanece internado.

Família acredita que avô e neto foram mortos por engano
Dona Regina, viúva do policial aposentado e avó de Denner (Foto: Paulo Francis)

A aposentada Regina Freitas, de 62 anos, esposa de Nelson e avó de Denner, estava dentro do quarto, assistindo televisão, quando ouviu os tiros. “Quando saí, vi os dois no chão, ensanguentados. O Denner não tinha problema com ninguém, nem ele nem meu marido. A Moreninha inteira gostava deles”, relatou, chorando.

Conforme testemunhas, um dos atiradores vestia casaco branco do Flamengo e o outro usava capacete branco. A família reforça que Denner e Nelson não tinham envolvimento com atividades criminosas. O jovem era portador de diabetes, já havia sofrido cinco AVCs e, segundo a mãe, “dava muito valor à vida” e era “o filho mais carinhoso”. “Ele nos ensinou o que era vida, vivia todo o dia como se fosse o último dia. Não tinha briga com ninguém", destacou o irmão, Davyd Freitas, de 19 anos.

Diante da tragédia, a família pede ajuda para custear o velório e o enterro das vítimas, que somam cerca de R$ 16 mil. Quem quiser colaborar pode fazer doação via Pix: 67 99121-8753, em nome de Jeremias Gonsales da Silva (Banco Santander). O caso foi registrado como homicídio qualificado e segue sob investigação da Polícia Civil. Por enquanto, não há informações sobre a identificação dos suspeitos, tampouco sobre a motivação para o crime.

Família acredita que avô e neto foram mortos por engano
Alessandra, ajoelhada, olhando o filho e o pai mortos dentro de casa (Foto: Direto das Ruas)

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