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Capital

Famílias lotam Parque dos Poderes, mas garantem que "com segurança"

Procurando manter distância as famílias levaram os filhos para passear na manhã de hoje, mas uso de máscaras é baixo

Rosana Siqueira e Maressa Mendonça | 07/06/2020 12:17
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

O domingo de céu de brigadeiro e clima ameno fez com que muitas famílias deixassem o isolamento para uma voltinha com os filhos na manhã de hoje no Parque dos Poderes, fechado para carros aos fins de semana.  Atividades individuais, como caminhar e correr, estão liberadas, mas a orientação é evitar locais com muita gente, inclusive, ao ar livre, como ocorre aos sábados e domingos nos Altos da Afonso Pena.

Mas quem sai de casa sob olhares  e críticas dos que respeitam a quarentena à risca, garante que toma todas as medidas de segurança para evitar a disseminação da doença.

Muita gente aproveitou a manhã para andar de bicicleta com as crianças. (Foto: Paulo Francis)
Muita gente aproveitou a manhã para andar de bicicleta com as crianças. (Foto: Paulo Francis)

Apesar de poucos usarem máscaras durante as caminhadas ou passeio de bicicleta, muitos seguem para as atividades munidos de álcool em gel e mantendo o distanciamento de outras pessoas.

Quem aceitou conversar com a reportagem do Campo Grande News fez questão de mostrar que segue todas as principais regras, para poder fazer pelo menos um passeio ao ar livre.

A família do professor universitário Cleber Jadoski era uma das que aproveitava a manhã clara de sol na pracinha da Cidade de Natal. Junto com a mulher a sogra e a filhinha de 8 meses, ele disse que para fazer o passeio tomam todos cuidados. Todos usavam máscara, com exceção da filha que ainda é bebê.“Estamos todos em home office e o máximo que saímos é em frente a casa, pra ela ver o mundo. Hoje o dia linda e temos que ter um descanso. Por isso precisamos sair e quebrar o isolamento. Estamos cansados”, afirmou Jadoski.

O professor ainda disse que toma cuidados ao chegar em casa. “Tiro o sapato quando chego em casa, e pessoas que trabalham na residência eu leva e busca de carro para não pegar ônibus”, acrescentou. Ele admite que quando sai como no dia de hoje fica preocupado porque a filha não sabe usar máscara. Mas confia no poder do álcool gel que fica no carro e aposta no distanciamento.

Atividades individuais, como caminha e corrida, estão liberadas, mas orientação é evitar locais muito movimentos, como se viu hoje no Parque.
Atividades individuais, como caminha e corrida, estão liberadas, mas orientação é evitar locais muito movimentos, como se viu hoje no Parque.

A dentista Anne Ribeiro, 39 anos, estava com a filha de 3 anos andando de bicicleta e reforçou o temor com a doença. Mesmo assim nesta situação difícil ela alega que após tanto dias, foi preciso sair com a filha espaços em abertos como altos da Afonso Pena. “Levo álcool gel no carro. Só assim para sair, a minha filha sente falta da escolinha, de brincar”, afirmou.

 A advogada Mariella Mamede de 35 anos também foi aos altos da Afonso Pena com marido e filho. Ela admite que é extremamente cuidadosa e tem muita preocupação com o filho. “Tomamos a atitude de sair hoje porque estávamos há dois meses em casa. Nem cogitava antes, mas agora ficou realmente insustentável porque meu filho estava ficando nervoso de ficar em casa sem espaço para brincar. Quando venho aqui melhora, dá mais energia”, sinalizou. A família estava sem máscara mas totalmente isolada de outras pessoas.

A dona de casa Giuliane Campos Marques, 30 anos, estava com as duas filhas andando de bicicleta sem máscaras. Mas ela alegou que passa álcool gel toda hora e carrega no carro. Além disso tem adotado isolamento deixando de ver parentes. “Mas ficar com crianças em casa é muito difícil”, salientou.

Sobre o fato de se sentirem vigiados os entrevistados responderam que não tem esta sensação.

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