Feirante que matou idosa já foi preso por lesão corporal e por dirigir bêbado
À época, o feirante foi processado e teve a suspensão do processo condicionada à doação de fiança para a AACC

O feirante William Ytiro Matsuyuki, de 52 anos, preso em flagrante por dirigir sob efeito de álcool após atropelar e matar Maristela de Oliveira, de 76 anos, no fim da tarde da última sexta-feira (28), na Avenida Lúdio Martins Coelho, já foi detido por lesão corporal no trânsito e por dirigir embriagado.
Segundo apurado pela reportagem, em março de 2010, o feirante dirigia um veículo na Avenida Duque de Caxias e ao fazer a conversão acabou atingindo um casal numa motocicleta Titan. O acidente foi em frente ao Aeroporto Internacional, em Campo Grande. As vítimas foram socorridas para unidades de saúde e William foi submetido ao teste do bafômetro. O resultado foi positivo de 1.01 miligrama de álcool por litro de sangue. Além de estar embriagado, William dirigia sem CNH Carteira Nacional de Habilitação).
À época, o feirante foi processado e teve a suspensão do processo condicionada à doação do valor equivalente de fiança para a AACC (Associação dos Amigos das Crianças com Câncer de Mato Grosso do Sul) e medidas cautelares como não frequentar bares, boates e similares, não consumir bebidas alcoólica, não se ausentar da cidade, por mais de trinta dias, sem autorização do juiz, comparecer pessoalmente e obrigatoriamente em juízo, trimestral e não portar arma de espécie alguma.
Quanto ao acidente da semana passada, o feirante não quis fazer o teste de alcoolemia, mas mesmo assim foi preso em flagrante porque apresentava sinais de embriaguez. William conduzia uma Ford F-250 sentido Avenida Duque de Caxias quando atropelou a idosa que havia acabado de sair do canteiro central e atravessava a via. No local, não há faixa de pedestre. A vítima, que foi arrastada por 38 metros após o ponto de colisão, morreu no local.
Segundo constatado por uma equipe da Perícia e Polícia Civil, os sinais de frenagem provados pelo veículo dirigido pelo conduzido, aparentemente, foram encontrados apenas no ponto do atropelamento e se estendiam por uma distância de 38 metros, sugerindo que o automóvel trafegava em alta velocidade.
O feirante passará por audiência de custódia na Justiça nesta segunda-feira (31), para definir se ficará preso esperando o andamento do inquérito e posterior processo ou se poderá responder em liberdade. A defesa de William já pediu a liberdade provisória dele.