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Capital

Fim dos radares fez mortes no trânsito aumentarem pela 1ª vez em 7 anos

Avaliação é da Agetran, que ativa os equipamentos, mas antes fará 15 dias de campanha educativa

Bruna Kaspary | 10/12/2018 10:00
Faixas foram colocadas para alertar motoristas sobre radares (Foto:
Faixas foram colocadas para alertar motoristas sobre radares (Foto:

Há uma semana, quatro medidores de velocidade na Capital estão em funcionamento, mas ainda não há estimativa para quando os outros radares e lombadas eletrônicas passarão a funcionar. De acordo com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), antes de ativar todos os equipamentos, haverá período de sensibilização dos motoristas, como exige a lei.

A intenção é que os motoristas voltem a se acostumar com a presença dos equipamentos e não se digam desavisados. “Todos os radares, quando entrarem em funcionamento, passarão a operar por 15 dias em caráter de educação”, explica o diretor da Agetran Janine Lima Bruno.

Ele ainda lembra que esse é o primeiro ano desde 2011 que há um aumento no número de mortes no trânsito, o que exige ações mais efetivas, como a volta dos equipamentos. “Vínhamos em uma queda constante, e essa subida nas mortes aconteceu justamente pela falta desses radares. Uma cidade do porte de Campo Grande não pode ficar sem fiscalização assim”, comenta.

Até essa sexta-feira (14), as mortes no trânsito já tinha superado em 15% o total de 2017. No ano passado 70 pessoas morreram em decorrência de acidente de trânsito, em 2018 já foram 81 mortes. "O mais preocupante é que o ano nem terminou e já passou esse tanto", lamenta Janine.

Desde o início da medição dos dados, o 2011 foi o ano que registrou o maior número de acidentes com vítimas fatais, sendo 132 mortes. No ano seguinte, já houve uma pequena queda, sendo 126 pessoas que morreram.

Os menores números, até então, foram registrados entre 2016 e o ano passado, sendo 83 e 70 mostes, respectivamente.

A partir do próximo dia 22, os quatro radares já instalados em Campo Grande começarão a multar os apressadinhos e “desavisados” que correrem demais em alguns pontos da cidade. E, por algum tempo, esses continuarão sendo os únicos a operar.

Antes de começar a autuar os motoristas infratores, os radares e lombadas eletrônicas servirão apenas para advertir os condutores que passarem acima da velocidade. Eles serão notificados sobre a presença dos medidores de velocidade, mas ainda não vão receber a multa.

Para que os equipamentos instalados registrem a velocidade, é necessário que antes passem por uma vistoria do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial). “A empresa tem que nos comunicar quais dos radares estão prontos para que coloquemos na nossa agenda, mas os pedidos que chegarem primeiro têm prioridade. Se o interior manda antes, nós faremos primeiro, por exemplo”, explica a diretora técnica do instituto, Luciana Boni.

Ela ainda completa que por enquanto foram somente os quatro radares ativos que foi feito o pedido dessa verificação e a empresa responsável pela a instalação dos aparelhos tem até o dia 18 desse mês para informar quais são os próximos equipamentos que deverão passar pela checagem.

A equipe do Campo Grande News entrou em contato com a Perkons, empresa responsável pela instalação dos radares e lombadas na cidade, e foi informada que, para qualquer assunto, é pedido um prazo de 3 a 4 dias úteis para divulgar o posicionamento.

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