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Capital

Furtos, roubos e assédio revelam falta de segurança no Parque das Nações

Os casos de furtos estão aumentando na região, mas vítimas precisam fazer o registro de boletim de ocorrência

Tatiana Marin, Fernanda Palheta e Ronie Cruz | 18/04/2019 09:54
Parque das Nações Indígenas, utilizado para lazer e prática de esportes. (Foto: Marina Pacheco)
Parque das Nações Indígenas, utilizado para lazer e prática de esportes. (Foto: Marina Pacheco)

O Parque das Nações Indígenas é um dos locais preferidos dos campo-grandenses para lazer e prática de esportes, porém, os frequentadores têm reportado problemas de segurança. Furtos, roubos e assédios fazem parte dos casos relatados.

Comerciantes que trabalham em barracas na entrada do Parque das Nações Indígenas contam diversas ocorrências. Segundo Lucimeire Vital, de 30 anos, que vende água de coco em um dos portões, contou que ouve várias reclamações de mulheres sobre assédio dentro dos portões. “Direto aparece gente falando sobre isso, sempre mulher”, ressalta. De acordo com a comerciante, as mulheres contam sobre homens que as abordam a até mostram as partes íntimas. Uma senhora relatou que um rapaz erguia a cava da perna do short de corrida para mostrar o pênis.

Nem os homens escapam dos assédios. Renan Gonçalves, de 26 anos, também comerciante no local, disse que um jovem foi flagrado se masturbando no banheiro masculino, onde ele ficava para observar os homens urinando. Segundo ele, um dos vigilantes contou que “mandou o cara vazar senão ia chamar a polícia. Era um cara bem vestido, um playboy”.

Carros estacionados no entorno do Parque das Nações Indígenas. (Foto: Marina Pacheco)
Carros estacionados no entorno do Parque das Nações Indígenas. (Foto: Marina Pacheco)

Além dos assédios, furtos e até roubos são relatados. Lucimeire diz que vários clientes tiveram vidros do carro quebrados. Renan conta que nesta quarta-feira (18) uma mulher chegou desesperada ao seu ponto de vendas perguntando se ele tinha visto alguém passando com a bolsa que foi roubada de dentro do carro.

A gastrônoma Eliane Cristina Pereira de Santana Martins vai com frequência ao Parque das Nações Indígenas para caminhar e já fui furtada duas vezes. “A primeira vez foi em dezembro do ano passado, quando quebraram o vidro do carro e levaram todas as sacolas que estavam no banco. A última vez que fui furtada foi na manhã de ontem [terça-feira], por volta de 8h”, conta ela.

Mesmo tendo guardado a bolsa no porta-malas do carro, os assaltantes quebra o vidro do carro, que é alugado, e roubaram seus pertences. “Meu prejuízo foi de mil reais, tinha 600 reais na bolsa e com o meu cartão conseguiram sacar. Hoje [quarta-feira] o investigador da polícia me ligou e contou que outro furto foi registrado na mesma região, uma hora antes”. segundo Elaine, o investigador ainda informou que estão aumentando os casos de furto na região e que o maior problema é que as pessoas não registram boletim de ocorrência e assim não tem dados que mostram que a região precisa de patrulhamento.

Renan Gonçalves, comerciante de água de coco. (Foto: Marina Pacheco)
Renan Gonçalves, comerciante de água de coco. (Foto: Marina Pacheco)

Lucimeire ressalta que a portaria somente conta com vigilante à tarde. “Lá dentro do Parque tem bombeiro e cavalaria da PM, mas quase não vemos eles aí. Eles vêm mais nos finais de semana e feriados”. Renan estranha o aumento do tipo de ações dos criminosos no local. “Não era pra ser assim aqui, tem polícia aqui perto, tem o Choque, sempre passam pela rua, não deveria acontecer”.

Até roubos acontecem dentro do Parque das Nações Indígenas. A agente comercial Michele Borges, de 22 anos, contou que há alguns dias foi alertada por dois meninos a não passar por determinado lugar, pois haviam acabado de serem roubados. “Dois meninos tiveram a bicicleta roubada dentro do Parque. O ladrão chegou com uma faca e levou a bicicleta. Eu tinha acabado de passar pelo local do roubo e eles pediram pra ela não passar por ali porque estava muito perigoso”.

A reportagem do Campo Grande News esteve na manhã desta quinta-feira (18) no Parque das Nações Indígenas e não visualizou policiamento no local. O posto policial que tem acesso pela Antônio Maria Coelho estava fechado.

Posto policial dentro do Parque das Nações Indígenas. (Foto: Marina Pacheco)
Posto policial dentro do Parque das Nações Indígenas. (Foto: Marina Pacheco)
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