Gaeco investiga tráfico milionário “à moda antiga”
Nome da operação faz alusão a métodos dos cartéis de drogas de Medellín e Cali, na Colômbia
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) voltou às ruas de Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira (21) para prender mais sete envolvidos em esquema milionário de tráfico de drogas. Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Campo Grande, Corumbá e Santana do Parnaíba (SP).
A segunda fase da Operação Traquetos é desdobramento de investigação que cumpriu 18 mandados de prisão e 26 ordens de busca em 8 de março contra a organização dedicada a enviar drogas para os estados da Bahia, Goiás e São Paulo. Na ocasião, o empresário Florisvaldo de Gaspari Favareto, de 49 anos, dono de uma oficina na Avenida Guaicurus, na Capital, foi identificado como um dos líderes do esquema.
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Além de Florisvaldo, ou “Gaspar”, outros dois homens, identificados como Maicon Igo Barbosa Moreira, o “Gordinho”, e Wellington Aquino Braga, o “Tom”, também foram apontados como lideranças. Eram os responsáveis pela aquisição e transporte da droga "desde a compra do entorpecente com fornecedores, preparação dos veículos para o transporte e a venda".
As apurações dos últimos cinco meses, segundo o Gaeco, revelou que ao menos outras sete pessoas integravam a quadrilha.
Ainda conforme divulgado há pouco pelo grupo especial de investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), após a primeira etapa de prisões e buscas, foi possível identificar um dos financiadores do esquema, cujo nome não foi divulgado, mas seria dono de “expressivo patrimônio” e decidiu investir mais de R$ 1 milhão na “atividade que lhe remunerava com muito mais rentabilidade do que as aplicações financeiras de mercado”.
Após quase dois anos de trabalho, o Gaeco denunciou 25 pessoas por integrarem a organização criminosa que atuava de forma ordenada, contando com grande rede de batedores e pontos de apoio em Anastácio, Aquidauana e Campo Grande, para comprar drogas em Bela Vista e Ponta Porã e enviar para outros estados brasileiros.
O nome da operação faz alusão à “cultura traqueta” dos cartéis de drogas de Medellín e Cali, na Colômbia, onde narcotraficantes “à moda antiga” são conhecidos como “traquetos”.
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