Grito dos Excluídos em Campo Grande tem discussão, spray de pimenta e prisão
Manifestação após desfile de 7 de Setembro terminou em clima de tensão na rua 13 de Maio
O tradicional Grito dos Excluídos em Campo Grande terminou em discussão, spray de pimenta e prisão de um manifestante na Rua 13 de Maio, neste domingo (7), após o desfile cívico de 7 de Setembro. A manifestação corre sempre ao final do evento oficial, mas foi barrada por policiais militares.
RESUMO
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O Grito dos Excluídos em Campo Grande foi marcado por tensão e confrontos durante as manifestações que sucederam o desfile cívico de 7 de Setembro. Manifestantes, incluindo autoridades políticas como os deputados Vander Loubet e Zeca do PT, entraram em conflito com a polícia militar ao tentarem ultrapassar as grades de contenção. O superintendente da SPU, Tiago Botelho, foi atingido por spray de pimenta e pretende processar a corporação. Um manifestante foi detido por portar facão, enxada e entorpecentes. A PM não se pronunciou sobre os incidentes até o momento.
A confusão começou pois os manifestantes queriam retirar as grades para passagem do grupo. Próximos às contenções, gritavam: “Sem anistia. Eu quero ver Bolsonaro na prisão”.
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Entre os participantes estavam o deputado federal e presidente do PT Vander Loubet, o deputado estadual José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, e o superintendente da SPU (Superintendência do Patrimônio da União) em MS, Tiago Botelho.
Segundo Botelho, ao tentar passar pelas grades, os manifestantes foram atingidos por spray de pimenta disparado por um policial militar. “A gente querendo passar porque a Constituição garante o direito de manifestação e, do nada, a pessoa me deu um spray na cara, sem nenhuma justificativa”, relatou.
Logo depois do incidente, as grades foram retiradas e eles puderam fazer o protesto. No entando, as autoridades do palanque já tinham se retirado.
O superintendente criticou a atuação da PM (Polícia Militar) e informou que pretende entrar com uma ação contra a corporação. “O Grito dos Excluídos é um movimento da sociedade civil, dos movimentos populares, que se reúne todo ano para demandar suas pautas. Este ano, sentimos um grande boicote: a polícia não deixava a manifestação legítima caminhar”, afirmou.
O deputado Vander Loubet também considerou a ação policial exagerada. “Foi um certo exagero porque já tinha passado. Sempre houve esse tensionamento, não precisava, mas o mais importante é que fizemos uma manifestação pacífica”, disse.
Mais à frente, próximo ao fim do ato, um participante foi preso e levado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Cepol (Centro Especializado de Polícia). Ele carregava um facão, uma enxada e entorpecentes, quantidade que não foi divulgada. Um integrante do MPL (Movimento Popular de Luta) afirmou que facões e enxadas são itens comuns em manifestações do movimento, mas os participantes foram orientados a não levar objetos de uso rural neste ato.
O Campo Grande News procurou a PM para comentar sobre o incidente, mas não obteve retorno até o momento. O espaço segue aberto.
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