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Capital

Grupo acusa PMs de tentar retirá-los de acampamento sem determinação judicial

Nyelder Rodrigues e Helton Verão | 23/04/2013 19:52
Líder do grupo afirma que policiais não tinham autorização, mas mesmo assim tentaram intimidá-los (Foto: João Garrigó)
Líder do grupo afirma que policiais não tinham autorização, mas mesmo assim tentaram intimidá-los (Foto: João Garrigó)
Acampados exibem bandeira do movimento. Eles só sairão do local se houver determinação judicial (Foto: João Garrigó)
Acampados exibem bandeira do movimento. Eles só sairão do local se houver determinação judicial (Foto: João Garrigó)

Um grupo que montou acampamento às margens do Anel Viário de Campo Grande, entre às saídas para São Paulo e Sidrolândia, acusam policiais militares de tentarem os tirar do local sem autorização para isso.

Nesta manhã eles começaram a montar o acampamento, com cerca de 48 pessoas, próximo ao lixão, em frente a uma fazenda pertencente ao Jamil Name, cunhado do deputado estadual Jerson Domingos (PMDB).

Conforme um dos líderes do grupo, Rodionei Merli Coutinho, por volta das 11h, os policiais chegaram ao local e sem documentos e presença de oficiais de justiça, exigiram a saída deles dali. Um vídeo foi gravado pelos acampados, mostrando a chegada dos policiais (pode ser visto ao final do texto).

“Sabemos dos nossos direitos. Eles não podiam retirar a gente sem autorização judicial, sem oficial de justiça, e sem a PRF (Polícia Rodoviária Federal) ou DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)”, explica Rodionei.

O líder, que integra o Movimento Sul-mato-grossense de Agricultura Familiar, também conta que foi dado 3h para eles saírem dali, mas eles vão continuar. Entretanto, mulheres e crianças não ficaram.

Além disso, Rodionei afirma ter entrado em contato com o DNIT e PRF, e não há nenhum pedido oficial de retirada. O grupo acredita que os policiais só foram ao local tentar retirá-los dali por causa de influência política.

“O policial que veio falar com a gente, dizendo que sabíamos que a terra era do Jamil”, revela Rodionei, que acrescenta que a intenção não é invadir a área, mas apenas a de chamar a atenção do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para a necessidade dos sem-terras serem assentados.

Esse é o terceiro acampamento montado pelo Movimento Sul-mato-grossense de Agricultura Familiar. O primeiro fica próximo à Gameleira, e o segundo na região de Dois Irmãos de Buriti. O movimento conta com 1.320 integrantes, segundo Rodionei.

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