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Capital

Guardas marcham em avenida para tentar acordo e prometem acampar amanhã

Manifestantes querem adequações à lei no pagamento de plantões, promoções e adicional de periculosidade

Caroline Maldonado e Izabela Cavalcanti | 18/07/2022 11:26
Guardas civis e familiares em marcha na Avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Maluf)
Guardas civis e familiares em marcha na Avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Maluf)

Cerca de 90 pessoas, entre guardas civis e familiares, fizeram marcha da Praça do Rádio até a Prefeitura de Campo Grande, ocupando uma faixa da Avenida Afonso Pena, durante a manhã de hoje (18). Eles foram impedidos pela Justiça de fazer greve para reivindicar direitos e hoje queriam falar com a prefeita Adriane Lopes (Patriota) ou algum representante para continuar as negociações, mas não conseguiram. Portanto, anunciaram que a partir de amanhã (19) vão acampar em frente a prefeitura.

A Polícia Militar acompanhou a marcha, enquanto os guardas gritavam a todo tempo a palavra “respeito”. Eles chegaram à prefeitura, cantando o Hino Nacional, por volta das 10h 30. Os guardas foram recepcionados pelo chefe da segurança, Coronel Ajala.

Os guardas reivindicam o pagamento do adicional de periculosidade, adequação do pagamento de plantões ao que manda a lei e promoções que estão atrasadas.

A convocação de aprovados no concurso de 2020 também estava prevista na pauta do protesto, mas na sexta-feira (15) 388 aprovados foram chamados pela prefeitura para começar o curso de formação no dia 1º de agosto.

Com relação aos plantões, os guardas afirmam que houve um princípio de acordo com a prefeita Adriane Lopes (Patriota), mas em seguida receberam um ofício com informações diferentes do que havia sido combinado, segundo o presidente do SindGM/CG, Hudson Bonfim.

Guardas civis em frente a Prefeitura de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)
Guardas civis em frente a Prefeitura de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

“A lei já determina o valor do plantão, mas o decreto da prefeitura contradiz a lei.O que deve ser feito é dividir o valor do salário pela carga horária e aplicar 50% sobre o valor da hora em dias de semana e nos finais de semana é 100%. Nos plantões dos guardas, a prefeitura estabeleceu um valor de R$ 170 e não aplica o que está na lei. Isso é ilegal”, explicou Bonfim.

O presidente do sindicato lembrou que apesar de estarem impedidos de fazer greve, os guardas vão continuar se manifestando até conseguir ser atendidos pela prefeitura em suas reivindicações.

“Temos outras possibilidades. A primeira delas é manifestação, a segunda pode ser que o pessoal queira acampar na frente da prefeitura nos dias de folga, mas vamos esperar para ver se alguém vem nos atender. Vamos demonstrar a insatisfação da categoria pelo que vem acontecendo até agora”, comentou Bonfim.

A GCM (Guarda Civil Municipal) tem cerca de 1,3 mil agentes. Os que participaram do protesto hoje já se organizam em escala para fazer o acampamento nos horários de folga do trabalho.

"Vamos acampar às 8h, mantendo pelo menos 20 guardas por período em frente à prefeitura', detalhou o vice-presidente do sindicato, Alberto da Costa.

"É de suma importância para mostrar que a gente não está satisfeito. Eles prometem uma coisa e fazem outra", reclamou o guarda Rômulo Franco Caldas, de 32 anos, que pretende participar do acampamento.

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