Há 2 anos, mecânico recolhe placas de carros levadas durante alagamentos
Novo emplacamento pode custar até R$ 423 a condutores, justifica mecâqnico
Depois da chuvarada, o mecânico de caminhões Wesley de Lima, de 42 anos, encara outra missão para ajudar motoristas: recolher placas de carros perdidas no alagamento que se forma na Avenida Marinês Souza Gomes, na região do Maria Aparecida Pedrossian, conhecida como Via Ecológica. Para resolver o problema, condutores podem ter que desembolsar até R$ 423,00 em um novo emplacamento.
Nesta semana, foram recolhidas cerca de 25 placas com a ajuda de amigos e clientes de Wesley. Um desses é o professor Jânio Batista Macedo, que publicou Ontem (18) em rede social o pedido de ajuda para que as placas sejam divulgadas.
Hoje (19), o Campo Grande News foi até o local para conferir a situação e encontrou 13 placas que ainda não voltaram aos seus donos. “Há dois anos mais ou menos a gente recolhe as placas. A gente sempre pega depois que chove. É só esperar a água baixar e ir lá que encontramos várias placas”, conta Wesley.
De acordo com ele, o sistema de esgoto e escoamento da via acaba entupindo, formando área de alagamento. “Com isso, os carros que passam perdem as placas. O intuito é mesmo ajudar porque, além das placas se perderem, se somam outros prejuízos, pois muitos carros ficam pelo caminho e em alguns casos até com motor fundido", detalha o mecânico.
Custo do problema - Entre as 13 identificações de carros perdidas, 4 são do modelo novo e 9, do modelo antigo. Nesse caso, as placas de modelo antigo, na cor cinza e com letras e números pretos, podem simbolizar prejuízo ainda maior. Além de trafegar sem uma das placas ser infração gravíssima e poder resultar em multa de R$ 293,47, de acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), o reemplacamento pode exigir que o condutor tenha que enfrentar burocracias.
Donos de veículos que perderam placas do modelo antigo, deverão submeter o veículo a vistoria e alterar a documentação para o modelo atual, chamado de padrão Mercosul, que permite o trânsito nos países que compõem o bloco. Só depois disso receberão nova placa.
“As placas antigas estão fora de linha e por isso, o proprietário do veículo que vir a perder uma das placas deverá procurar atualizar a documentação do veículo e posteriormente uma estampadora para providenciar a troca”, esclarece o Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul).
A reposição das placas é feita somente pelas empresas credenciadas. Os valores para emplacamento no novo padrão variam entre as 20 empresas credenciadas para realizar o serviço em Campo Grande. Conforme apurou a reportagem, podem ser encontrados preços entre R$ 220,00 e R$ 240,00. Nos casos das motocicletas, o preço médio é de R$ 110,00. Já as vistorias, para regularização do documento podem ser feitas, além das credenciadas, também no próprio Detran, pelo valor de R$ 183,00.
