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Capital

Há 7 meses, delegacia está sem psicólogo para atender vítimas

Graziela Rezende | 15/04/2014 11:35
Diretor diz que aguarda projeto para melhorias em delegacia. Foto: Cleber Gellio
Diretor diz que aguarda projeto para melhorias em delegacia. Foto: Cleber Gellio

A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente) completa, neste mês de abril, dois anos em um novo endereço, localizado na região central de Campo Grande. A data seria apenas de comemorações, não fosse a falta de um profissional adequado para realizar o atendimento às vítimas de violência sexual, física e emocional. Há sete meses, a unidade está sem psicólogo e são os investigadores que acumulam esse “papel”.

“As crianças vítimas de abuso muitas vezes ficam introspectivas e a psicóloga tem todo um jeito de conversar e nos ajudar a entender o que realmente estava acontecendo. No entanto, como a nossa psicóloga era cedida pela Acadepol (Academia de Polícia Civil), ela voltou a trabalhar lá e desde então não temos este profissional aqui”, diz ao Campo Grande News um investigador da Depca.

A reivindicação por este profissional, conforme o investigador, é antiga, antes mesmo da dissociação com o S.O.S. Criança. “Quando o trabalho era em conjunto, tínhamos assistentes sociais, psicólogos e até mesmo os profissionais do Conselho Tutelar que nos repassavam um relatório, entregue ao delegado que verificava se o caso era de polícia ou não.

Para tentar “amenizar” a falta do psicólogo, a delegacia montou uma brinquedoteca e busca, dessa maneira, um atendimento mais “humanizado” com as dezenas de vítimas que passam diariamente pelo local. Já os pais ou responsáveis são ouvidos por investigadores e escrivães.

Questionado sobre o assunto, o diretor geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas, disse que por enquanto “não tem como contratar este profissional”.

“Tem a responsabilidade do Estado e da prefeitura nesta questão, mas não tem como contratar e nem terceirizar este serviço agora. Na verdade, estamos aguardando um projeto que prevê melhorias nessa área. A criança será ouvida por diversos profissionais, de uma só vez”, finaliza o diretor.

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