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Capital

Hotéis caninos têm até calmante para aplacar o susto com os fogos

Lotados, estabelecimentos clínicos e veterinários oferecem tratamento especial para os cães que não podem viajar com os donos

Izabela Sanchez e Bruna Kaspary | 31/12/2018 16:43
Cão hospedado no Canil Park Hotel em Campo Grande (Foto: Bruna Kaspary)
Cão hospedado no Canil Park Hotel em Campo Grande (Foto: Bruna Kaspary)

Final de ano é época de viajar e nem todo mundo consegue um amigo parceiro ou familiar para deixar os animais de estimação. Enquanto as lojas de fogos de artifício ficam lotadas com o público que vai soltar rojões, os hotéis caninos abrigam os cães na noite “mais barulhenta do ano”. Nas clínicas especializadas, até calmante é oferecido para acalmar os bichinhos.

Lotada, a Canil Park Hotel está com 43 das 45 vagas preenchidas. Localizado em uma chácara, o hotel acolhe os animais enquanto os donos viajam durante o réveillon. A medicação para acalmar os animais, explica o adestrador Udeir Estigarribia, 29, depende de orientação do veterinário. Na maioria das vezes, relata, os cães recebem um calmante.

“Os menores são colocados dentro da casa e os maiores recebem um calmante. Os que têm muito medo, que correm risco de se machucarem acabam sendo sedados”, conta o profissional.

É o caso do “chumbinho”, cão que ficou hospedado no hotel durante o natal, local que recebe o animalzinho todos os anos em razão dos fogos. Chumbinho fica tão nervoso com o barulho que destrói objetos, motivo pelo qual recebe sedação. No hotel, os animais grandes ficam em uma baia coberta para não pularem e nem se machucarem. Durante a sedação, explica o adestrador, ele não podem dormir porque devem alertar caso algum problema ocorra.

Adestrador do Canil Park Hotel (Foto: Bruna Kaspary)
Adestrador do Canil Park Hotel (Foto: Bruna Kaspary)

A Vet Mania só abriga os animais que são pacientes do local. Na clínica, o método da médica veterinária Aline Harada é guardar os cães na sala de banho e tosa, em gaiolas, ligar o ar condicionado e o som bem alto para abafar o som dos fogos. “Não costumo dar calmantes, mas se for necessário uso os homeopáticos. Apenas um cachorro precisa ser sedado porque é epiléptico”, relata.

Na clínica também há um veterinário de plantão para atender os cachorros. É o caso da cachorra Mel que esteve no local no sábado (29), tentou pular um portão por causa dos fogos durante o natal e cortou a barriga. Como é recém-adotada, o proprietário não sabia que Mel tinha pavor. Para garantir a tranquilidade do animal, levou para casa um calmante. A veterinária explica que essa época registra muitas fugas de animais, que ficam desorientados com o barulho.

Na Clínica CSA (Clínica de Saúde Animal) Karina Pacheco, veterinária, declarou que os animais que estão hospedados lá estão desde sábado (29) tomando calmantes fitoterápicos, originários de plantas. Segundo a profissional, essa qualidade de medicamento é a única que surgiu resultado depois de ser testada.

Os mais idosos, conta ela, que têm mais riscos de sofrerem ataques, são sedados, mas permanecem acordados. “A gente orienta os donos do risco da sedação, porque corre o risco é tanto pela medicação, quanto pelo barulho”, orienta.
Para quem vai deixar os bichinhos em casa, a orientação da veterinária é fechar a casa, colocar os animais para dentro e ligar o ar condicionado, porque alivia o calor e esconde o barulho.

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