Incêndio consome terreno, ameaça casa e atormenta moradores em Campo Grande
O fogo consome a vegetação de um terreno localizado entre a avenida Afonso Pena e as ruas Ceará e 15 de Novembro, em Campo Grande. As chamas se aproximam perigosamente do muro da casa de Andréa Escavassa, de 37 anos.
O imóvel fica localizado na rua 15 de Novembro. “Nossa, dá muito medo. Começou no terreno dos fundos, depois já estava no do lado”, conta a dona-de-casa, em meio a uma névoa de fumaça e fuligem.
Enquanto seu esposo usa uma mangueira para manter as chamas distantes, ela se preocupa com a saúde das filhas de 6,5 e 4 anos. “A gente se sente sufocado. Tranquei a casa, liguei o ar condicionado, liguei ventilador, coloquei toalha molhada”, relata Andréa.
Com a estiagem, a umidade relativa do ar segue abaixo dos 20% em Campo Grande, situação agravada pela fumaça. Do outro lado da rua, no condomínio Cachoeirinha, o jardineiro Emerson de Carvalho, de 28 anos, teve que buscar abrigo na guarita.
As janelas foram todas fechadas, mas a tentativa de barrar a fumaça não diminuiu o incômodo. “Fica difícil respirar”.
Inicialmente, o incêndio, que atinge área estimada de 600 metros, foi combatido por três bombeiros. Diante da extensão, foi chamado reforço.
Depois de atender 1.185 incêndio em vegetação no ano passado, o Corpo de Bombeiros se prepara para a nova temporada do fogo. Em agosto de 2010, foram 306 ocorrências.
Já em junho deste ano, a corporação recebeu 304 pedidos e atendeu 94 ocorrências de incêndio em vegetação. De acordo com a assessoria, não há estrutura suficiente para atender a todos os pedidos, com prioridade para situações mais graves.
