ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Índios mantém ocupação da Funai para exigir troca no comando

O protesto começou por volta das 7h30 e é encabeçado por famílias indígenas da região de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti

Guilherme Henri e Geisy Garnes | 02/04/2018 16:23
Na tarde desta segunda não há tumulto no prédio da Funai (Foto:
Na tarde desta segunda não há tumulto no prédio da Funai (Foto:

O grupo de índios Terena continua na sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) na tarde desta segunda-feira (2) em Campo Grande. A liderança do movimento afirma que o prédio só será liberado depois que a reivindicação de trocar a coordenação estadual for atendida por Brasília (DF).

Otoniel Gabriel, liderança da região da Terra Indígena Buriti e porta-voz dos manifestantes, diz que a invasão surtiu efeito, pois conseguiram contato com representantes nacionais da Funai. “Nos prometeram levar a reivindicação para o Ministério da Justiça. Mas, se não for atendida podemos a qualquer momento bloquear a BR-163”, ameaça.

Sobre as acusações de agressões ao atual coordenador do órgão, Otoniel explica que o movimento ainda não foi procurado pela Polícia Federal. “Temos vídeos para mostrar que não agredimos ele. Porém, como nos orientaram só vamos mostrá-los em caso de extrema necessidade”, detalha.

A quadra da sede da Funai, localizada na rua Sete de Setembro entre Franklin Roosevelt e Castro Alves no Centro continua interditada. O movimento é acompanhado pela Polícia Militar.

Protesto - O protesto começou por volta das 7h30 e é encabeçado por famílias indígenas da região de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti. Na ocupação, o atual coordenador regional, Paulo Rios, afirma que foi agredido ao chegar no prédio. Por outro lado, os índios negam as agressões e afirmam que o coordenador se jogou na rua.

Polêmica - Ex-assessor do ministro da Secretaria da Presidência, Carlos Marun (MDB), Paulo Rios Júnior assumiu o comando da Funai no dia 28 de setembro do ano passado. Na época, a escolha já havia gerado protestos de servidores da Funai e lideranças indígenas.

O comando da Funai em Mato Grosso do Sul estava vago desde 12 de dezembro de 2016, quando o coronel reformado do Exército Brasileiro, Renato Vida Sant'Anna, também sugestão de Marun, pediu exoneração do cargo.

ndígenas dentro do prédio da Funai em Campo Grande (Foto: Liniker Ribeiro)
ndígenas dentro do prédio da Funai em Campo Grande (Foto: Liniker Ribeiro)
Nos siga no Google Notícias