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Capital

Investigação apura se trabalho de presos na Máxima era supervisionado

Paulo Yafusso | 22/04/2016 15:05
Agentes envenenados no Presídio de Segurança Máxima da capital serão ouvidos pela polícia na próxima semana (Foto: Fernando Antunes)
Agentes envenenados no Presídio de Segurança Máxima da capital serão ouvidos pela polícia na próxima semana (Foto: Fernando Antunes)

Os seis agentes penitenciários envenenados na manhã da ultima quarta-feira (20) no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, serão ouvidos na próxima semana pela Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), responsável pela investigação. Os dois detentos que trabalhavam para a empresa terceirizada que faz as refeições na unidade penal foram ouvidos na tarde e parte da noite de quarta-feira.

Os presos negaram envolvimento no crime e também disseram desconhecer quem teria sido o mandante. Com os depoimentos dos agentes penitenciários a polícia poderá esclarecer dúvidas e apurar informações recebidas, como a de que os detentos, pelo menos no dia em que os agentes foram envenenados, não estavam sob nenhuma supervisão.

Por conta do ponto facultativo no Estado, a investigação só será retomada na segunda-feira. A delegada titular da Deco, Ana Cláudia Medina, pretende realizar uma reconstituição dos momentos que antecederam ao envenenamento dos agentes. Outras pessoas que estiveram na cozinha no início da manhã da quarta-feira também devem prestar depoimento na próxima semana.

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) emitiu nota na última quarta-feira, informando que a empresa que fornece a refeição no Presídio de Segurança Máxima foi notificada que não poderá mais utilizar mão-de-obra dos detentos na cozinha.

O presidente em exercício da Agência, Rafael Garcia, disse hoje que ainda não foi aberto procedimento administrativo para apurar se houve negligência por parte da empresa. Sobre a informação de que os detentos estavam trabalhando na cozinha sem nenhum acompanhamento de funcionários da terceirizada, Garcia disse desconhecer mas que isso será apurado.

Rafael Garcia é Superintendente de Políticas Penitenciárias da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) e está respondendo pela Agepen no período de férias do presidente, Ailton Stropa.

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