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Capital

Iphan manda parar obra onde pedra antiga foi encontrada por operário

Marta Ferreira | 15/04/2011 17:42

A prefeitura de Campo Grande foi notificada esta semana a paralisar as obras de contenção de enchente que estão sendo realizadas na avenida Nelly Martins, prolongamento da Via Parque, próximo ao cruzamento com a Mato Grosso, até que sejam feitos estudos para identificar se ali existe, de fato, um sítio arqueológico.

A recomendação veio após um trabalhador encontrar no local uma pedra que é considerada um achado arqueológico. Ele tentou vender o objeto num site de compras, por R$ 50 mil. Descoberta a oferta, a pedra foi apreendida pela Policia Federal e o operário e está sendo processado por crime de usurpação de bem da União, como são considerados itens com valor histórico.

Como é praxe em casos do tipo, segundo o Iphan, agora é preciso fazer um estudo para identificar se o local se trata de um sítio arqueológico, onde podem haver outras peças com valor para a ciência.Ali, a suspeita é de que tenham vivido tribos indígenas que habitavam a região ainda antes da colonização.

Quem banca esse estudo, e também um eventual resgate de peças com valor para a arqueologia, é o responsável pela obra, explica a superintendente do Iphan em Mato Grosso do Sul, Maria Margareth Ribas Lima.

De acordo com ela, um arqueólogo do instituto já está fazendo uma espécie de monitoramento do local, e fará a orientação da prefeitura quanto à pesquisa para identificar se se trata de um sítio arqueológico.

“Tudo leva a crer, por enquanto, que aquela pedra rolou e foi parar ali, mas isso precisa ser estudado a fundo”, explica.

A pedra apreendida após ser anunciada em site de compras. (Foto: Divulgação
A pedra apreendida após ser anunciada em site de compras. (Foto: Divulgação

O que é? O objeto encontrado foi identificado como “pedra de raio”, nome dado aos instrumentos cunhados pelos antigos em rochas.

Segundo a superintendente do Iphan, em todo o Estado, já foram identificados mais de 600 sítios arqueológicos a partir de achados como o que ocorreu na obra na avenida Nelly Martins.

Um dos exemplos é o Parque das Nações Indígenas, onde inúmeros objetos foram achados e estão hoje no Museu de Arqueologia, na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). É para lá que deve ir, também, a pedra que o trabalhador na obra da prefeitura tentou vender na internet, que ainda está em poder da Polícia Federal.

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