Jovem que matou pai com tiro "acidental" é absolvido, mas deve fazer tratamento
Com laudo de esquizofrenia, Jihad deve passar por tratamento ambulatorial por, no mínimo, três anos
Pronunciado pelo homicídio simples e mandado para julgamento pelo tribunal do júri nesta terça-feira (31), Jihad Nassim Yehia, 28 anos foi absolvido por matar o próprio pai, Nassim Yehia, de 61 anos, com tiro, em Campo Grande, mas deve passar por tratamento ambulatorial por, no mínimo, 3 anos.
O assassinato aconteceu no dia 12 de outubro de 2015 e, segundo denúncia do Ministério Público Estadual, Jihad tinha hábito de todas as noites retirar o revólver da família do cofre e dormir com ele na mão. A família possuía uma empresa em casa e o rapaz afirmava que mantinha a arma por perto “para segurança”.
Na noite do crime, o rapaz andava com a arma pelo corredor da casa quando encontrou com o pai e atirou, acertando o idoso no ombro. Nassim chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu. Jihad afirmou que não sabia mexer no revólver e por “imperícia”, manteve ele engatilhado. O tiro, afirmou a polícia, foi acidental.
A pedido da defesa, laudo de incidente de insanidade mental foi produzido pela perícia e constatou que o rapaz apresenta esquizofrenia e, na época dos fatos, não tinha condições de refletir o que fazia. Apesar do laudo, decisão judicial determinou que o réu fosse submetido a julgamento no tribunal do júri.
A decisão do conselho de sentença por aplicação de medida de segurança, foi proferida na tarde de hoje, pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, presidente do 1º Tribunal do Júri, que considerou a inimputabilidade de Jihad na época do crime, já que o réu foi diagnosticado com esquizofrenia.