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Capital

Jovens dizem que foram agredidos por policiais no bairro Dom Antônio

Nyelder Rodrigues e Helton Verão | 11/04/2013 20:50
Edison mostra cicatrizes que ficaram após suposta agressão policial (Foto: Pedro Peralta)
Edison mostra cicatrizes que ficaram após suposta agressão policial (Foto: Pedro Peralta)

Cinco jovens moradores do bairro Dom Antônio Barbosa reclamam que foram vítimas de agressão e abuso policial na noite de quarta-feira (10), na rua Manoel Marcelino Rodrigues.

Quatro deles eram adolescentes menores de 18 anos, enquanto Edison Landin Gomes, de 27 anos, era o único maior de 18. Ele chegou a ficar preso, sendo liberado na madrugada.

Conforme Edison, eles estavam em frente a casa dele, quando uma equipe da Polícia Militar (PM), com nove homens, chegou e abordou os jovens. Durante o procedimento, um dos policiais atirou o celular de Edison no chão, e ele perguntou por que havia feito aquilo.

Logo em seguida, outro policial teria pegado outro celular da cadeira e jogado também no chão, e perguntado ainda o que o grupo de jovens faria.

Edison disse que para evitar confusão, pegou o celular do chão e foi entrar em casa, porém, os policiais o imobilizaram com um golpe no pescoço, sendo arrastado para a viatura. Já os adolescentes teriam sido agredidos com socos e chutes.

Além disso, Edison conta que a mulher dele, que recém passou por um parto, pediu para os policiais pararem com as agressões, mas ela teria sido empurrada por um deles, mesmo estando com o bebê no colo.

Uma das mães dos adolescentes que teriam sido agredidos, Célia da Silva Santos, de 36 anos, e moradora do Dom Antônio há 18 anos, afirmou o filho dela sofreu recentemente um acidente de moto, e ficou com o joelho machucado. Por causa das agressões, o joelho ficou pior.

Edison foi preso por desacato e encaminhado à Depac Piratininga, onde ficou preso até a madrugada. Ele afirma já ter ido à Corregedoria da Polícia Militar para registrar e denunciar o caso.

Conforme o registro de Boletim de Ocorrência (BO), a equipe policial fazia rondas quando percebeu a atitude suspeita do grupo, e durante a abordagem, Edison teria dito “esconde a arma e vamos pra parede”.

Logo depois, foi dada a ordem para ele erguer a mão, mas ele se recusou e afirmou que conhecia os direitos dele, ofendendo os policiais ao dizer “vêm me fazer levantar as mãos seus porcarias”.

Ao ser preso, ele resistiu e teria dado cotoveladas nos policiais, voltando a xingar e ameaçá-los. Entretanto, no registro nenhuma referência é feita a atitude dos demais membros do grupo, nem a mulher de Edison.

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