A menina que fingia ler escreveu e lançou livro de fantasia aos 13 anos
Saga criada por Bruna Sofya mistura mistério, magia e segredos familiares em universo próprio
Bruna Sofya, de apenas 13 anos, sempre observou o pai, Aparecido de Souza, mergulhado em textos para o mestrado. Antes mesmo de dominar as palavras, fingia ler e imitava o hábito de escrever. Hoje, a estudante de escola pública celebra a realização de um sonho: o lançamento de seu primeiro livro, Madaleine Woolgar e a Marca de Originis.
RESUMO
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Bruna Sofya, estudante de 13 anos de escola pública, lançou seu primeiro livro de fantasia, "Madaleine Woolgar e a Marca de Originis". A obra, inspirada em séries como Harry Potter, narra a história de uma garota que descobre poderes mágicos e sua verdadeira origem não humana. A jovem autora, que desde pequena imitava os hábitos de leitura e escrita do pai, dedicou-se à criação do livro durante meses, escrevendo diariamente. A obra já está impressa, tem lançamento previsto para novembro e concorre ao Prêmio Tuiuiú de literatura sul-mato-grossense na categoria infantojuvenil.
“Eu comecei a escrever em setembro do ano passado, mas sem dar tanta importância. Só que no começo deste ano passei a escrever todos os dias e terminei em abril”, conta. Entre uma e três horas por dia diante do computador, ela estruturava capítulo por capítulo, até ver a história completa.
Fã assumida de Harry Potter e leitora de Diário de uma Garota Nada Popular, Bruna diz que foi nesse universo que encontrou motivação e inspiração para sua obra. “O meu livro fala sobre uma garota que leva uma vida normal e começa a descobrir coisas misteriosas sobre ela e sobre a mãe. Muitas coisas mágicas acontecem até que ela descobre que não é humana. A partir daí, precisa aprender mais sobre magia e vai para uma escola mágica”, resume a jovem autora.
O livro, dividido em 14 capítulos, traz Madeleine como protagonista, uma menina da mesma idade da escritora, tímida e com dificuldades na escola, até perceber que guarda um poder especial. Entre descobertas, segredos de família e reviravoltas, a trama abre caminho para a construção de uma saga. “O meu livro vai ser uma série”, revela Bruna, já adiantando que vem continuação por aí.
O pai, orgulhoso, acompanha cada passo da filha. “Ela sempre foi curiosa. No começo, eu nem acreditava que lia tão rápido os livros que pedia, mas ela não só lia, como fazia análise das personagens. Chegava até a questionar decisões dos autores”, lembra Aparecido. Foi assim que ele percebeu que algo maior estava surgindo.
A obra da adolescente já está impressa e deve ter lançamento oficial em novembro. Enquanto isso, Bruna concorre ao Prêmio Tuiuiú de literatura sul-mato-grossense na categoria literatura infantojuvenil.
Para a menina tímida que encontrou na escrita uma forma de se expressar, a sensação é indescritível. “É um sentimento muito bom de realização, porque eu comecei não levando o livro tão a sério e depois consegui ter um livro em mãos”, diz.
E para outros adolescentes que sonham em escrever, ela deixa um recado. “Se a pessoa tem vontade de escrever um livro, que não desista, porque isso é um crescimento pessoal muito grande. A sensação quando você termina e vê que foi capaz é muito boa", finaliza.
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