ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, TERÇA  19    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Justiça nega pedido para derrubar decreto com regras para igrejas

Promotoria pedia a anulação dos artigos que restringiam o número de fieis

Adriano Fernandes e Marta Ferreira | 31/03/2020 20:08
Cerimônia na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro antes da quarentena. (Foto: Paulo Francis)
Cerimônia na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro antes da quarentena. (Foto: Paulo Francis)

A Justiça negou nesta terça-feira (31) pedido do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para que templos e igrejas fossem impedidos de funcionar em Campo Grande, durante o período de quarentena estabelecido em decreto, devido ao aumento dos casos do novo coronavírus.

Na decisão, o juiz David de Oliveira Gomes Filho da 2ª Vara de Direitos Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, reconhece que o urgente isolamento social é a principal estratégia de enfrentamento contra a doença recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), pois ela “achata” a curva de contaminação da doença.

“Sem esta estratégia, o temor é que não existam leitos e equipamentos para todos os doentes graves que viriam concentrados num período muito curto”, pontuou o juiz. Na ação o MP/MS pedia a anulação dos artigos que restringiam o número de fieis e impuseram medidas de higiene nas igrejas e templos da Capital.

Ao indeferir a solicitação da promotoria para que os fieis sejam impedidos de ocupar as igrejas, David de Oliveira alegou que diante da gravidade da doença atender ao isolamento é um ato de “consciência e não de imposição”.

O decreto – Desde esta segunda-feira (30) as entidades religiosas poderão funcionar das 6h às 19h30 limitadas a dois cultos diários. As igrejas terão de fazer a higienização antes e depois das atividades e deixar sabão e álcool em gel à disposição dos fieis.

As portas e janelas também deverão ficar abertas, para manutenção do ambiente arejado. O limite de lotação vai depender de cada igreja, obedecendo ao seguinte critério: uma pessoa a cada dez metros quadrados, com distância de 1,5 metro. Se possível, também fazer a aferição corporal, recusando a presença de quem apresentar alteração.


Nos siga no Google Notícias