Justiça retoma júris com assassino de motorista de aplicativo e feminicida
Julgamento terá somente os sete jurados e com distanciamento entre as pessoas

Suspensos devido à pandemia do novo coronavírus, os júris populares serão retomados a partir de agosto na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. A volta será no dia 4, quando Igor César de Lima Oliveira vai a julgamento pela morte do motorista de aplicativo Rafael Baron.
No dia 6, será a vez do júri popular de Jesus Ajala da Silva, mais conhecido como Palhaço Sabiá. Ele é acusado pela morte da merendeira Silvana Tertuliana Pereira.
De acordo com o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, a retomada dos julgamentos será em caso excepcional, quando o réu está preso há muito tempo. “Com a presença dos sete jurados. Juiz, promotor e defensor ficarão distantes”, afirma o magistrado.
O juiz consultou o Ministério Público, que atua na acusação, e a Defensoria Pública sobre a possibilidade de os presos acompanharem o julgamento por videoconferência.
Igor de Oliveira informou que quer estar presente à sessão e o pedido foi deferido, com requisição de escolta. No processo de Jesus Ajala da Silva, a promotoria não se opôs que o réu acompanhe por vídeo e seja interrogado por meio da mesma ferramenta.

Os casos - Ajala está preso desde dia 15 de janeiro de 2019, quando se apresentou à Polícia, seis dias depois do crime. Na confissão, disse que matou a vitima por não aceitar o fim do relacionamento.
Silvana foi morta a facadas no dia 9 de janeiro do ano passado. Dois dias depois, seu corpo foi encontrado, enrolado em uma coberta próximo da residência do palhaço.
Em 13 de maio de 2019, Igor de Oliveira matou o motorista de aplicativo com dois tiros. O crime aconteceu depois de Rafael Baron ter buscado Igor e a mulher dele na Upa (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon e deixá-los no Condomínio Reinaldo Buzanelli II, no Jardim Campo Nobre.