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Capital

Justiça revoga prisões de 7 oficiais da PM, réus na Máfia do Cigarro

Eles foram presos em maio deste ano, quando o Gaeco fez nova fase da Oiketicus

Aline dos Santos | 19/10/2020 08:28
Em 15 de maio, policiais do Gaeco deixam casa do então comandante da PM em Dourados. (Foto: Adilson Domingos)
Em 15 de maio, policiais do Gaeco deixam casa do então comandante da PM em Dourados. (Foto: Adilson Domingos)

A Justiça revogou as prisões de sete oficiais da PM (Polícia Militar), que são réus em processo da Máfia do Cigarro. Eles foram presos em maio deste ano, quando o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) realizou nova etapa da operação Oiketicus, batizada de Avalanche.

Durante audiência na última sexta-feira (dia 16), o Conselho Especial de Justiça deliberou pela revogação das prisões preventivas dos oficiais:  coronel Kleber Haddad Lane, tenente-coronel Carlos da Silva (então comandante da PM de Dourados), tenente-coronel Josafá Pereira Dominoni (preso no comando da 5ª Companhia da PM de Campo Grande), tenente-coronel Wesley Freire de Araújo (que comandava a PM em Naviraí), major Luiz Cezar de Souza Herculano (que era comandante em Coxim) e tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima (que chefiava a 4ª Seção do Estado-Maior).

Em liberdade, eles deverão seguir as seguintes regras: afastamento das funções, proibição de comunicação entre os réus e também com as testemunhas, recolhimento domiciliar noturno (das 18h às 6h), manutenção do endereço atualizado e também de número de celular com WhatsApp, além de comparecimento aos atos processuais.

Tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima já estava em prisão domiciliar. (Foto: Noticidade)
Tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima já estava em prisão domiciliar. (Foto: Noticidade)

Com provas compartilhadas da operação Nepsis, em que a PF (Polícia Federal) investiga a Máfia do Cigarro, o Gaeco aponta que os denunciados também integravam, ao menos desde 2016, a organização criminosa formada para dar suporte aos contrabandistas de cigarros. Após a operação, deflagrada em 15 de maio, os comandos foram trocados e todos os presos afastados das funções.

A defesa de Jidevaldo de Souza Lima informa que ele  estava em prisão domiciliar por questão de saúde. De acordo com o advogado Thiago Bunning, a preventiva foi revogada por ausência de risco atual, com fatos de 2018 e o oficial jamais interferiu na investigação ou em qualquer ato do processo. A reportagem não conseguiu contato com as defesas dos demais citados.

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