Lançada hoje, campanha contra a pólio terá única etapa a partir deste ano
Hoje, os pais terão 118 postos de vacinação à disposição em Campo Grande
Lançada neste sábado, a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite veio com novidades. Em vez de tomar duas doses, uma em junho e reforço em agosto, a campanha terá uma única etapa.
A alteração pretende facilitar a vida dos pais, assegurando, desta forma, a imunização das crianças de zero a cinco anos. “Com só uma dose, vai ficar mais fácil para os pais”, afirma a diretora-geral de Vigilância de Saúde, Bernadete Lewandowski.
A mudança foi bem-vinda para o garçom Fernando de Oliveira, de 29 anos. Ele é pai de Fernanda, de 4 anos. Depois de a menina não ter sido imunizada na última campanha, ele fez questão de ir logo cedo ao posto de saúde. “Acabei esquecendo, passou o período e ela ficou sem a vacina. Agora, que toma de uma vez só, vai ficar mais fácil”, diz.
A partir de agosto, a imunização contra a pólio terá mudanças também no calendário de rotina para crianças que vão começar o esquema vacinal. De acordo com a gerente-técnica do serviço de imunização da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Cássia Tiemi, as gotinhas aos dois e quatro meses serão substituídas por injeções. Já na terceira dose, aos 6 meses, voltam as gotinhas.
Em Campo Grande, a vacinação foi aberta com a presença do Zé Gotinha na unidade básica de Saúde da Família Benjamim Asato, no Parque do Sol. A meta na Capital é imunizar 95% da população de zero a cinco anos, composta por 67 mil crianças.
Hoje, os pais terão 118 postos de vacinação à disposição. Além das unidades de saúde, há postos de vacinação nos terminais de ônibus, nas redes de supermercado (Comper, Extra, Wal-Mart, Atacadão) e um trailer ficará estacionado no canteiro central da avenida Afonso Pena, entre as ruas 13 de Maio e 14 de Julho. A campanha vai até 6 de julho. Em Mato Grosso do Sul, o objetivo é imunizar 204 mil crianças.
Risco – Médico, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) reforçou o alerta para que os pais levem os filhos, apesar da erradicação da doença no Brasil. “São só duas gotinhas para prevenir uma doença tão grave. A pólio atinge o sistema nervoso e pode atrofiar uma perna, as duas pernas, atingindo várias partes do corpo”, afirma.
Cássia Tiemi explica que o vírus ainda circula por países como Nigéria e Afeganistão. O país também se preocupa em manter a vacinação em dia devido ao fluxo de pessoas que devem chegar ao país na Copa de 2014.
