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Capital

Laudo atesta que agente penitenciário foi agredido quando matou pedreiro

O inquérito policial foi concluído e comprovou a versão apresentado pelo autor do disparo

Geisy Garnes | 09/11/2017 19:08
Crime aconteceu no dia 24 de setembro, durante um show no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês
Crime aconteceu no dia 24 de setembro, durante um show no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês

Laudos solicitados pela Polícia Civil comprovaram que o agente penitenciário Joseilton de Souza Cardoso, de 34 anos, foi agredido quando matou a tiros o pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, de 23 anos, durante um show sertanejo no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês. Segundo a polícia, o inquérito do caso foi concluído e comprovou a versão apresentada pelo suspeito.

O laudo foi anexado ao processo nesta quinta-feira (9), assim como os exame necroscópico e a perícia realizada no local do crime, dia 24 de setembro. Segundo o médico-legista que examinou Cardoso no dia de sua prisão “o examinado apresentava lesão corporal traumática de natureza leve” de época compatível ao momento do homicídio.

Cardoso apresentava ferimentos múltiplos, superficiais e hematomas, no supercílio, nariz, boca, joelhos e tórax. Os laudos ainda comprovaram que Adílson foi atingido por apenas um tiro de calibre .40 no peito, disparado da arma apreendida com a agente penitenciário. O projétil ficou alojada na costela esquerda do pedreiro, que morreu de choque hemorrágico.

De acordo com o delegado Paulo Henrique Sá, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, o inquérito sobre o caso já foi encerrado e comprovou a versão apresentada por Cardoso.

Em depoimento, o agente penitenciário alegou que estava na fila do banheiro quando a vítima, juntamente com os primos, furou a fila. A atitude gerou uma briga e Cardoso afirmou à polícia que foi agredido por quatro pessoas, ele então sacou a arma, anunciou que era agente federal e pediu para os autores se afastarem, mas foi novamente agredido por Adílson.

Para o delegado que atendeu o caso, o agente justificou o disparo como "ato de memória muscular", uma reação automática devido aos treinamentos realizados na academia para reprimir agressões. Cardoso foi preso em flagrante, mas foi solto 16 dias depois e agora responde o processo em liberdade.

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