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Capital

"Lei Covid" pode garantir vacinação a partir de janeiro em Campo Grande

Prefeito Marquinhos Trad encaminhou ofício ao Instituto Butantan para negociar 200 mil doses para idosos e servidores da saúde

Silvia Frias | 09/12/2020 14:41
"Não posso ficar esperando Bolsonaro dar ou não dar", disse prefeito (Foto/Arquivo: Marcos Maluf)
"Não posso ficar esperando Bolsonaro dar ou não dar", disse prefeito (Foto/Arquivo: Marcos Maluf)

A exemplo do previsto pelo governo de São Paulo, a prefeitura de Campo Grande pretende iniciar a vacinação contra covid-19 a partir de janeiro utilizando 200 mil doses da Coronavac, mas depende da aplicação da “Lei Covid”, evocada por governadores em reunião com governo federal e na negociação com governo de São Paulo.

A Coronavac, produzida pelo Instituto Butatan, em parceria com a chinesa Sinovac, foi comprada pelo governo de São Paulo, que anunciou a intenção de oferecer 4 milhões de doses de vacina para outros estados. A vacina ainda depende de aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

É este “senão” que está no caminho das administrações e, por isso, a “Lei Covid” (14.006/20) pode ser a salvação. A legislação permite o uso da vacina no Brasil se o imunizante tiver o aval de uma agência sanitária no exterior, sem depender de uma aprovação nacional, o que deve acontecer em prazo de 72h.

Nessa expectativa, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) encaminhou ofício ao diretor-presidente do instituto, Dimas Covas, em que manifesta interesse em adquirir as 200 mil doses para ser ministrada a idosos e servidores da saúde.

No ofício, também pergunta se a dose é acompanhada de agulha e seringa.

Marquinhos Trad disse que conversou com Dimas Covas e com governador de SP, João Dória, que prestou esclarecimentos sobre as doses da vacina. “A verdade é que nenhuma dessas vacinas têm documentos para registro, o que se busca, em estado emergencial, que preceda o registro”.

Ofício encaminhado ao Instituto Butantan, em SP (Foto/Reprodução)
Ofício encaminhado ao Instituto Butantan, em SP (Foto/Reprodução)

Marquinhos disse que, tendo a liberação da agência e a contratação for efetivada com governo de SP, a expectativa é iniciar vacinação em janeiro.

“Não posso ficar esperando Bolsonaro se vai dar ou não dar, se Pazuello vai dar ou não, eu tenho que correr atrás; preciso sair na frente, ser o primeiro da fila”, disse o prefeito.

Até agora, há informações de que prefeituras de Goiânia, Belo Horizonte e Campo Grande entraram em contato com o instituto com interesse em comprar a vacina.

A assessoria do instituto disse que não tem como confirmar quantas e quais administrações – estaduais e municipais – entraram em contato com o órgão, assim como seria o procedimento de envio dessas doses, caso a contratação seja efetivada.

Expectativa - Em reunião esta semana com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, governadores evocaram a “Lei Covid”.

A lei foi citada depois que o governo disse que a intenção é iniciar vacinação a partir de março, somente quando for aprovada a vacina em parceria com a AstraZeneca/Oxford. No Reino Unido, a imunização já começou.

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