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Capital

Lei repete benefício de meia entrada para doadores de sangue e medula

Kleber Clajus | 21/01/2014 11:55
Lei estadual foi reforçada por municipal e garante meia entrada para doadores de sangue e medula óssea em eventos culturais e esportivos (Foto: Cleber Gellio / Arquivo)
Lei estadual foi reforçada por municipal e garante meia entrada para doadores de sangue e medula óssea em eventos culturais e esportivos (Foto: Cleber Gellio / Arquivo)

Mesmo com legislação estadual de 2010, que já garante meia-entrada para doadores de sangue e medula óssea em espaços culturais e esportivos, os vereadores de Campo Grande reforçaram o benefício com uma lei publicada, na segunda-feira (20), no Diogrande (Diário Oficial).

Na prática, quem é doador fidelizado já possui desconto de 50%, ou a popular meia entrada, em eventos culturais e esportivos, tais como: cinemas, pontos turísticos e estádios, independente de data e horário. A lei municipal, por sua vez, reaplica o que disposto na Lei Estadual nº 3.844, de 10 de fevereiro de 2010, que já previa o mesmo benefício e foi ampliada no ano passado para atender também os doadores de medula óssea.

O benefício, no entanto, se restringe apenas a quem possui carteira de identificação como doador. Esta é emitida pela Hemorrede, vinculada a SES (Secretaria Estadual de Saúde), e disponibilizada para pessoas que realizaram ao menos três doações no período de dois anos.

Inscrito como doador de sangue e medula desde 2008, o inspetor da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Anderson Francisco Sidrack, 47 anos, avalia que o incentivo pode ajudar mais pessoas a entrarem no cadastro de doadores fidelizados. Ele também lembra que o objetivo deve ser de salvar vidas, mas há também a possibilidade de se usufruir de isenção em concursos públicos estaduais, como preconiza a Lei Estadual nº 2.887, de 21 de setembro de 2004.

O advogado Gabriel Corrêa de Faria, 25 anos, já utilizou o recurso da isenção em concursos. Há quatro anos, ele doa sangue e também está inscrito para doar medula óssea, que exige compatibilidade com o paciente que necessite da intervenção. “Com ou sem o benefício, vou continuar doando normalmente”, pontua Gabriel.

Por outro lado, o policial militar Paulo Alberto Doreto, 25 anos, reforça que as doações devem ser sempre um “ato altruísta”.

“Não se pode pensar que todo ato bom será recompensado, mas também pode ser um reconhecimento e ajudar na divulgação de como funciona a doação as pessoas que ainda tem receio de doar”, comenta Paulo, que desde os 18 anos realizada doações regulares e já conseguiu convencer os irmãos a fazer o mesmo.

Balanço - Em Mato Grosso do Sul, ao menos 60% dos 180.241 doadores de sangue são fidelizados, ou seja, doam com certa regularidade. Os números dizem respeito às quatro unidades da Capital, compostas pelo Hemossul, Santa Casa, Hospital Universitário e Hospital Regional, além de Dourados.

Já no caso da doação de medula óssea são 123.681 cadastrados no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), administrado pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer).

De acordo com a assessoria da Hemorrede, os estoques de bolsas de sangue hoje se encontram em situação regular, após as campanhas realizadas no fim do ano passado.

Quem pode doar - Podem doar sangue pessoas entre 16 e 60 anos. Os adolescentes precisam apresentar autorização do responsável e apenas quem já é doador pode continuar o processo até os 69 anos. Também deve-se apresentar documento com foto, ter 55 quilos, estar bem alimentado e não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas. 

Em relação a medula óssea, a doação pode ocorrer na faixa etária entre 18 e 55 anos.

Os horários de atendimento no Hemossul são de segunda a sexta das 7h às 17h e aos sábados das 7h às 11h30.

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