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Capital

Mãe de vítima de morte no trânsito vai presa após juiz ler sentença de réu

Decisão do juiz desclassificou homicídio doloso e reverteu para homicídio culposo o que reduziu a pena de réu

Liniker Ribeiro | 12/06/2018 16:01
Local onde jovem foi atropelado e morre na rua Catiguá (Foto: Campo Grande News/Arquivo)
Local onde jovem foi atropelado e morre na rua Catiguá (Foto: Campo Grande News/Arquivo)

Ricardo André Rodrigues foi condenado a 2 anos de prisão, em regime aberto, pela morte de Lucas Silveira Leite Ortiz, no dia 16 de julho de 2014, no Jardim Canguru. A sentença foi proferida pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida, no início da tarde desta terça-feira (12), durante sessão que também acabou na prisão da mãe da vítima, por desacato.

Segundo apurado pelo Campo Grande News, Antônia Odnéia Silveira Leite Ortiz assistia ao julgamento, acompanhada de outros familiares, e teria começado a gritar e dizer que o julgamento "era um circo, uma palhaçada". A mulher também teria reclamado do tempo de duração da sessão e atacado verbalmente familiares e advogados do réu. Nesse momento, o juiz solicitou que a mãe se retirasse, mas ela manteve-se no local, dando continuidade a gritaria.

Por não ter obedecido a ordem, Antônia recebeu voz de prisão por desacato. Foi solicitada a presença de policiais militares para retirar a mulher, que acabou passando mal e foi atendida por socorristas do gabinete médico. Por fazer uso de remédios controlados, uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionada e encaminhou a mulher para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon.

Após o atendimento, ela foi encaminhada para uma Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Capital.

Decisão - Carlos Alberto Garcete de Almeida, juiz da 1º Vara, também desclassificou o crime de homicídio doloso, no qual respondia Ricardo, que foi condenado com base no crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor. Além da condenação, o réu também teve o direito de dirigir suspenso.

Caso - Conforme a denúncia, o atropelamento ocorreu por volta das 21h50 na rua Catiguá. O réu voltava da casa da sogra dirigindo um Chevrolet Astra e acompanhado da esposa e filho quando atravessou um cruzamento com o semáforo vermelho, quase atingindo a motocicleta Honda Fan guiada por Lucas.

Os dois frearam bruscamente e iniciaram uma discussão. Lucas teria chutado a porta traseira do lado do motorista. Ricardo saiu do veículo para avaliar o estrago e perseguiu a vítima.

Conforme o Ministério Público Estadual, o acusado acelerou e atropelou a vítima. Ainda arrastou o rapaz pela rua em alta velocidade. O réu fugiu e não prestou socorro. Lucas morreu no local. O jovem deixou esposa e uma filha à época com 8 meses de idade.

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