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Capital

Mãe foge de casa para não ser espancada pelo filho já pela sétima vez

Liana Feitosa e Vania Galceran | 23/12/2014 16:37
A idosa de 74 anos fugiu para a rodoviária de Campo Grande para não ser espancada pelo filho.(Foto:Marcos Ermínio)
A idosa de 74 anos fugiu para a rodoviária de Campo Grande para não ser espancada pelo filho.(Foto:Marcos Ermínio)

Uma senhora de 74 anos teve de fugir para a rodoviária de Campo Grande para não ser espancada pela sétima vez pelo filho Alberto Brandão da Silva, de 50 anos. Ontem (22), Alberto agrediu a mãe depois de incidente com uma mochila com roupas que deixou na porta da cozinha da casa onde os dois moram, no bairro Jardim das Perdizes.

Idosa, com certa dificuldade para se locomover, dona Iracema Brandão Silva conta que não viu a mochila, acabou tropeçando e caiu. Alberto se irritou com a situação e partiu para cima da mãe. Deu diversos chutes e pontapés e ainda bateu a cabeça dela contra o chão.

Ele é um velho conhecido da polícia, com mais de 50 passagens por agressão, sendo que seis foram flagrantes, segundo PMs que atuam na região. Usuário de drogas desde os 13 anos, tem quatro filhos, mas é separado. A ex-esposa era vítima constante das agressões do homem.

Ontem, outra filha de Iracema, que preferiu não se identificar, viu a mãe ser agredida e chamou a polícia, mas ele fugiu da casa antes que os policiais chegassem.

A filha então levou a mãe até uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde passou por exames, como radiografia, e fez vários curativos.

Mãe e filha contam que, todos os dias, Alberto chega em casa de madrugada, sempre alterado por causa das drogas e de bebida alcoólica. Ele também rouba os poucos alimentos que a família tem, como arroz e feijão, além de sapatos e roupas da mãe, tudo para trocar por drogas.

Prisão - Hoje, quando a vítima e a filha voltavam da UPA, Alberto as esperava em casa. Com medo, ela fugiu para a rodoviária, onde foi acolhida por policiais militares que atuam na base que existe no local.

Alberto foi preso e ficará detido na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga. “Bom, vou tentar passar o Natal tranquila, se é que não vão soltar ele antes”, desabafou Iracema quando soube que o filho tinha sido preso.

A idosa afirmou que sabe da existência de uma lei que a protege. “Mas não acredito mais (na eficácia da lei), não. Essa é a sexta vez que ele me agride”, completa.

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