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Capital

Mãe pede doação de fraldas a Sofia, que nasceu em viatura dos Bombeiros

Flávia Lima | 03/01/2016 17:10
Sofia nasceu com 3,250 gramas e passa bem. (Foto:Flávia Lima)
Sofia nasceu com 3,250 gramas e passa bem. (Foto:Flávia Lima)

"Meu marido ficou  mais nervoso do que eu". A frase da auxiliar de cozinha Raíza do Nascimento Benitez, dita com serenidade, retrata o momento do parto da pequena Sofia, que nasceu dentro de uma viatura do Corpo de Bombeiros, na madrugada deste domingo (3).

Internada na Maternidade Cândido Mariano, para onde foi transferida após passar pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino, Raíza conta que ficou nervosa apenas no momento em que percebeu que não daria tempo de chegar até a unidade de saúde.

"Os bombeiros começaram a conversar comigo e eu fiquei calma", relata. O parto foi realizado pelo sargento Gedel, que, apesar do treinamento, disse também ter ficado preocupado e ansioso para que tudo corresse bem.

E acabou dando tudo certo, em partes, devido a calma de Raíza, que conta com a maior naturalidade, que ficou 24 horas sentindo as dores do parto, que ficaram intensas na noite de sábado.

Como já não é mãe de primeira viagem e já teve outros dois partos naturais, ela diz que esperou o quanto pode para acionar os bombeiros, mas o problema é que a pequena Sofia tinha mais pressa do que a mãe e acabou nascendo, pouco depois da 1 hora da madrugada, no trajeto entre a casa da família, que mora no Jardim Anache e a UPA do Coronel Antonino.

"Minha única preocupação é que ela estivesse bem, com saúde", diz Raíza. Essa certeza ela já tem. Logo que chegou à maternidade, Sofia foi examinada pelos médicos, que não atestaram nenhum problema com a bebê, que nasceu com 3,250 gramas e mostrou um pulmão poderoso, no momento da entrevista com o Campo Grande News. "Ela não para de gritar de fome, mas o médico pediu para eu esperar um pouco para amamentá-la", ressalta.

Mesmo com poucas horas de vida, Raíza, que veio de Corumbá há três anos com a família, diz que Sofia se parece com o pai e está ansiosa para que os outros filhos, Caíque, de 1 ano e meio, e Ana Beatriz, de 4 anos, conheçam a nova irmãzinha. "Não quero que eles venham aqui senão não vão querer ir embora", conta.

Apesar da felicidade em ver que o parto transcorreu sem problemas, Raíza diz que o fato de estar desempregada e não poder arrumar emprego de imediato, preocupa o casal, já que no momento apenas seu marido, Sérgio de Oliveira, que trabalha como serviços gerais, está empregado.

A renda, de apenas um salário mínimo, é utilizada para as despesas com o aluguel de R$ 480,00. O que sobra, deve alimentar e vestir os demais filhos. "Penso só nas fraldas, que é muito caro. As roupinhas e berço já temos. Na verdade, o que desejo mesmo é que ela sempre tenha saúde e seja feliz", diz.

Quem quiser doar fraldas para o casal pode ligar para 67 9259 7140. 

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