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Capital

Mais 3 guardas municipais presos na Omertá são demitidos

A decisão que excluiu da corporação Igor Cunha, Alcinei e Rafael do Carmo, foi publicada nesta quinta-feira no Diogrande

Geisy Garnes e Aline dos Santos | 30/04/2020 16:34
Presos chegam ao CT (Centro de Triagem) no dia em que foi deflagrada a Operação Omertá, 27 de setembro
Presos chegam ao CT (Centro de Triagem) no dia em que foi deflagrada a Operação Omertá, 27 de setembro

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) assinou a demissão de três dos guarda municipais presos durante ações da Operação Omertá, em setembro do ano passado. A decisão que excluiu da corporação Igor Cunha de Souza, Alcinei Arantes da Silva e Rafael do Carmo Peixoto Ribe, foi publicada nesta quinta-feira (30) no Diário Oficial de Campo Grande.

Os três estão presos desde 27 de setembro e respondem processo por desenvolver atividades ilícitas para a organização criminosa dedicada a crimes de pistolagem em Mato Grosso do Sul. O grupo seria o responsável por pelo menos quatro execuções em Campo Grande.

A demissão dos servidores foi assinada pelo prefeito de Campo Grande e pelo secretário municipal de gestão, Agenor Mattiello e justificada por incontinência pública e conduta escandalosa e ainda improbidade administrativa. Os três aguardam julgamento na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira.

Apesar de 7 meses para conclusão do processo que expulsou os 3, ao Campo Grande News o advogado Márcio Almeida, do sindicato da categoria, afirmou que a demissão é vista com estranheza e como uma decisão carregada de pré-julgamentos.

“Mas nos causa estranheza o fato de que o Secretário de Segurança ao instaurar os processos disciplinares veiculou na mídia afirmação de que após os trabalhos da Corregedoria iria remeter os processos disciplinares ao Prefeito, e tal autoridade somente se pronuncia no bojo do julgamento do processo administrativo disciplinar para aplicar pena de demissão, portanto nos sugere que houve um pré-julgamento destes servidores”. Os termos da decisão ainda não foram repassados a defesa.

Além de Igor, Alcinei e Rafael, outros quatro guardas municipais foram presos ao longo das investigações: Marcelo Rios, Robert Vitor Kopetski, Rafael Antunes Vieira e Eronaldo Vieira da Silva. Os três primeiros foram demitidos da corporação ainda no ano passado. A prisão do trio foi anterior a operação e peça-chave para as ações.

Marcelo Rios foi detido no dia 19 de maio com o arsenal utilizado em crimes de homicídio em Campo Grande. Robert Vitor Kopetski e Rafael Antunes Vieira foram denunciados por ameaçar e coagir a esposa de Marcelo.

Em nota, a Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) afirmou que não coaduna com infrações disciplinares e cometimento de crimes dos servidores, por isso os processos administrativos instaurados para apuras as irregularidades culminaram na demissão dos guardas civis metropolitanos envolvidos na operação Omertá.

Operação - Realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) e Batalhão de Choque e Bope (Batalhão de Operações Especiais), a operação apura a quadrilha envolvida nas mortes de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes, Marcel Hernandes Colombo, o “Playboy da Mansão” e Matheus Coutinho Xavier.

(Matéria alterada às 17h34 para acréscimo de informação)

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