Mais uma mulher é atacada em reduto de usuários de drogas no Centro

Depois que o Campo Grande News publicou matéria mostrando que duas funcionárias do Cijus (Centro Integrado de Justiça) foram atacadas, na quarta-feira (2) da semana passada, em reduto de usuários de drogas em plena região Central de Campo Grande, mais um caso aconteceu e foi relatado à reportagem.
O prédio da Justiça fica na Rua 26 de Agosto com a Avenida Calógeras. O local é conhecido não apenas pelo comércio e mercados populares que movimentam a região, mas também pela grande quantidade de dependentes químicos, moradores de rua e flanelinhas circulando no local.
Na terça-feira (7), a vigilante de 40 anos chegava para trabalhar, por volta das 9h50, quando foi surpreendida por um homem na Travessa Lydia Bais, que fica na lateral da Igreja Santo Antônio. O suspeito chegou por trás da mulher e arrancou a bolsa dela. A vítima reagiu puxando o objeto de volta e com a mesma bolsa o golpeou na cabeça.
Ainda para se proteger, a vigilante desferiu dois tapas no rosto do ladrão e chutes nas pernas dele. Em seguida, a funcionária correu para o Cijus e acionou a Polícia Militar que faz a segurança dentro do prédio. O suspeito não foi localizado.
A mulher procurou a delegacia e registrou boletim de ocorrência por tentativa de roubo. Por causa dos tapas, a mão da segurança ficou machucada e precisou ser enfaixada. Apesar de a vítima ter escapado do roubo, a polícia não recomenda reagir a assalto. Em cinco dias, três funcionárias foram atacadas no entorno.
No ano passado, antes do prédio começar a funcionar, o Tribunal de Justiça fez uma série de solicitações à prefeitura, uma delas, a designação de efetivo permanente da Guarda Municipal, para garantir a ordem nas imediações. No entanto, funcionários, servidores e comerciantes reclamam da falta de segurança na região.
Em nota, a Prefeitura informou que o secretário de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, está reorganizando a base centro da Guarda Municipal, localizada na antiga rodoviária, e vai aumentar o efetivo para atender o videomonitoramento e voltar a fazer o patrulhamento. Ainda conforme o texto, a atual gestão encontrou 50% das viaturas quebradas e espera o retorno delas para reforçar o trabalho, que também será feito em parceria com a Polícia Militar.