Maternidade recebe R$ 2,4 milhões, mas recurso não equilibra contas

Com mais de 80 anos e responsável por realizar cerca de 9 mil partos a cada 12 meses, a Maternidade Cândido Mariano, na região central de Campo Grande, recebeu R$ 2,7 milhões em recursos provenientes de emendas parlamentares. O repasse foi oficializado em solenidade realizada na tarde desta sexta-feira, no entanto, não é suficiente para equilibrar as contas da unidade cujo déficit é de R$ 500 mil por mês.

O presidente da maternidade, Cézar Luiz Galhardo, lembrou que hospital passa por uma grave crise financeira. “É inegável que o resultado se reflete na assistência aos usuários e desestimula os profissionais”, afirmou. O dinheiro viabilizado por parlamentares da bancada de Mato Grosso do Sul e vai ser utilizado para custeio, ou seja, compras de medicamentos, insumos e pagamento de fornecedores.

Os recursos foram arrecadados pelos senadores Soraya Thronicke (PLS) e Nelsinho Trad (PSL). A primeira conseguiu R$ 500 mil e o segundo R$ 1,5 milhão. Também foi repassado R$ 400 mil do deputado federal Luiz Ovando (PSL). Há ainda, R$ 500 mil de emenda do ex-senador Waldemir Moka (MDB).

O secretário municipal de Saúde ,José Mauro Filho, destacou o empenho de toda a bancada federal em conseguir aporte financeiro por meio de emendas que estão sendo utilizadas para ampliar os serviços. “É uma somatória de esforços que convergem em um bem comum. A melhoria do atendimento prestado a população campo-grandense e de todo o Estado”.

A solenidade contou com a participação do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, Conselho Municipal de Saúde, representantes dos parlamentares e funcionários e membros da diretoria do hospital.

Caos – Em dezembro do ano passado, os médicos da maternidade chegaram a paralisar suas atividades por atrasos de mais de dois meses nos salários. Entre as reclamações, estava ainda a falta de remédios básicos, como dipirona, e até o respirador era emprestado.