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Capital

Morador realiza sonho da casa própria e fica sem luz por causa da violência

Renan Nucci | 08/10/2014 15:14
Morador pegou extensão de energia da casa do vizinho para manter, pelo menos, a geladeira ligada. (Foto: Marcelo Calazans)
Morador pegou extensão de energia da casa do vizinho para manter, pelo menos, a geladeira ligada. (Foto: Marcelo Calazans)

Após muito tempo morando de aluguel, o recepcionista campo-grandense Nilson Leandro Costa, 43 anos, conseguiu realizar o sonho da casa própria. O financiamento foi aprovado,  ele recebeu as chaves do imóvel localizado na Rua Dário Anhanha Filho, no Parque Lageado, e se mudou, porém, ainda falta um detalhe: a energia não foi ligada no local. O motivo disso, segundo ele, seria a violência da região.

O recepcionista afirma que fez o pedido no dia 22 de setembro, mas até agora o Grupo Energia, empresa concessionária, não fez a ligação (o prazo legal é de até três dias úteis). Ele afirmou que após vários telefones à central de atendimento ao cliente, recebeu a informação de que novas ligações foram interrompidas na área que compreende também o Parque do Sol, Bairro Dom Antônio Barbosa e a Favela Cidade de Deus, por causa de violência.

“Soube que é por causa da onda de violência na região, as equipes não estão fazendo novas ligações e estou no prejuízo. Sou um cidadão de bem que pago meus impostos e tenho meus direitos”, disse ele lembrando que, diante desta situação, teve que pedir uma extensão de energia do vizinho para manter ao menos a geladeira em funcionamento, conservando os alimentos. “Não entendo os motivos. A água, por exemplo, foi ligada rapidamente”, completou.

O Grupo Energisa afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que a situação de Nilson é regular, e que as equipes já estão a campo para resolver o problema. Sobre a questão da interrupção devido à criminalidade, a concessionária disse que as informações não procedem e que os serviços continuam sendo realizados normalmente na região. A demora pela instalação na casa do recepcionista está sendo apurada, já que não é procedimento da empresa.

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