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Capital

Moradores ainda contam estragos 48 horas após temporal de sábado

Michel Faustino e Alan Diógenes | 18/05/2015 15:28
Moradores reclamam de demora na finalização de obras. (Foto: Marcelo Calazans)
Moradores reclamam de demora na finalização de obras. (Foto: Marcelo Calazans)
Valdecir mora no bairro há três anos e espera que problema seja solucionado. (Foto: Marcelo Calazans)
Valdecir mora no bairro há três anos e espera que problema seja solucionado. (Foto: Marcelo Calazans)
Luzimar precisou fazer um mutirão para limpar a casa que foi invadida pela lama. (Foto: Marcelo Calazans)
Luzimar precisou fazer um mutirão para limpar a casa que foi invadida pela lama. (Foto: Marcelo Calazans)

Os moradores da Vila Nascente se dizem indignados com a “ineficiência” da empresa responsável pela implantação da rede de drenagem da Rua Jamil Félix Nagles, assolada por uma forte enxurrada que formou uma enorme cratera no sábado (16) causando transtornos e prejuízos. Como a via não é asfaltada, a enxurrada formou uma correnteza no local.

O pintor Anizio Lopes, 43 anos, lembra do episódio a qual ele classifica como “impressionante e assutador”. Anizio diz que presenciou o carro de sua irmã, que estava estacionado em frente a sua casa, quase ser arrastado pela enxurrada.

“Foi uma coisa muito impressionante. Todo o pessoal da rua aqui sentiu isso. Aqui em casa, por exemplo, não em entrou água, mas tem muitas que a parece que choveu dentro. E rua está intransitável, eu mesmo que ando de moto estou com medo de andar por aqui porque a areia está fofa e existe o perigo da gente cair”, comentou.

O pintor reclama ainda que a cada chuva a situação piora. E ainda, segundo ele, com a “demora” na conclusão das obras fica “impossível” algum reparo ser feito para melhorar as condições da via.

“Faz mais de ano que estão enrolando pra terminar isso e enquanto não terminar não dá pra cascalhar nem asfaltar. Ai qualquer chuva que dá vira isso e a gente que sofre”, lamentou.

A funcionária pública Luzimar França de Souza, 45 anos, diz que sua casa foi praticamente “invadida” pela chuva do sábado. Mesmo após 48 horas do ocorrido, ainda é possível ver os vestígios de lama pela sala e quintal.

“Eu passei praticamente o fim de semana inteiro limpando. Tive que pedir ajuda pro pessoal da minha família, cerca de quatro pessoas e até espalhar areia pelo quintal para enxugar um pouco a água. Além disso, meu muro quase cedeu”, disse.

A comerciante Tatiana Camargo, 38 anos, diz que teve prejuízos em virtude da enxurrada. Segundo ela, as águas chegaram a atingir cerca de 90 centímetros e as paredes do se comercio ficaram tomadas pela lama. Além disso, segundo ela, armários e alguns produtos foram danificados.

“Foi de uma hora para outra. Começou a chover e a água começou a entrar aqui. Não deu tempo de tirar nada hora que vimos já estava tudo cheio de água e lama. Por conta disso, tivemos que fechar no sábado e no domingo abrimos um pouco mais tarde, mas não conseguimos atender nossos clientes de maneira adequada e isso fez com que o movimento caísse”, disse.

O professor Valdecir Alves de Almeida, 50 anos, mora no bairro há três anos e diz que é a primeira vez que vê “algo parecido”. Ele diz que durante a semana uma equipe da prefeitura chegou a dispor barreiras de contenção para evitar que as águas pluviais que descem do bairro Estrela Dalva não invadissem os demais bairros que não possuem asfalto, no entanto, não foi suficiente.

“Na verdade eles tinham que acelerar estas obras para dar uma solução definitiva para esta situação, porque se não toda vez que chover vai ser desta forma. E nós ficamos nesta insegurança, e ainda por cima sem saber se vão terminar isso ou não”, disse.

O Campo Grande News tentou entrar em contato por telefone com o secretário de Infraestrutura, Obras, Transporte e Habitação, Valtemir Alves de Brito, para saber sobre a situação da Vila Nascente, no entanto, até o fechamento desta matéria ele não atendeu nem retornou às ligações.

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