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Capital

Moradores do Guanandi atribuem a vizinhos alto índice da dengue

Filipe Prado | 01/11/2014 12:09
Os moradores do bairro afirmaram que os vizinhos são os culpados pelos focos (Foto: Alcides Neto)
Os moradores do bairro afirmaram que os vizinhos são os culpados pelos focos (Foto: Alcides Neto)

O LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypiti), do mês de outubro, constatou que dos 82 bairros de Campo Grande, 26 tem risco médio de infestação, como o Guanandi, com 2,3%, um dos maiores da Capital. Os moradores do bairro afirmaram que cuidam da região e atribuíram aos vizinhos a culpa do alto número de focos da dengue.

Quando o índice fica entre 1% e 3,9%, a situação é considerada de alerta e o risco da infestação é médio. Para o aposentado Darci da Silva, 68 anos, a preocupação é com os outros moradores, já que muitos não cuidam dos quintais. “Acumulam a água da chuva em tambores e deixam lá por até duas semanas. Isso não pode”, comentou.

Darci afirmou que é um exemplo de morador. Não deixa água parada, além de fazer constantes limpezas no quintal, para evitar quaisquer tipos de focos. “Se dependesse do meu quintal, não teria dengue aqui”. O aposentado revelou que não há muitos terrenos com lixo pelo bairro.

Outro morador “modelo” é a aposentada Alzira dos Santos Corrêa, 77. Ela admitiu que não cultiva plantas no quintal para evitar os focos de dengue. “Aqui não tem mosca e nem mosquito. Nunca teve”.

Ela alegou que os outros moradores podem ser os causadores do alto índice de infestação. Ediane Ferreira, 34, concordou, mas alertou para a quantidade de ferros-velhos no bairro. “Tem muito aqui e podem ser os criadouros”, alertou.

A técnica de enfermagem Lourdes da Silva, 33, assegurou que os próprios moradores não cuidam dos quintais e formam focos da dengue nas residências, mas admitiu que o problema do Guanandi são os ferros-velhos.
“Tem muito ferro-velho aqui e essa é a causa. A minha casa é toda fechada por causa disso, para não entrar os mosquitos”, acrescentou Lourdes.

Os três bairros com maior IIP (Índice de Infestação Predial) são Guanandi, Taquarussu e Jacy, que registram infestação de 2,3%.

Completam o topo do ranking de infestação os bairros Mata do Segredo, José Tavares e a UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do bairro Nova Lima com índice de 2,1%. Os bairros Coronel Antonino, Alves Pereira, Botafogo Rita Vieira, Vilas Boas, TV Morena e Carlota registraram índices entre 1,2% e 1,8%.

Outros bairros que também compõem a lista dos que possuem médio risco de infestação são Nova Campo Grande, Indubrasil, Planalto, Amambaí, Cabreúva, Carvalho, Centro, Vida Nova, Centro, Itanhangá Park, Monte Líbano, Glória, São Bento e Bela Vista.

O levantamento mostra ainda que dos imóveis pesquisados, 75,7% deles são residências, 13,1% são comerciais, 7,5% são terrenos baldios e outros 3,7% não receberam classificação.

A última vez nesse ano que Campo Grande registrou bairros com alto risco de infestação do mosquito foi em maio, quando seis bairros entraram na lista. Nova Lima, Vida Nova, Noroeste, Veraneio, Mape e Itamacará tinham infestação de 4,5% a 5,4%.

Se fosse por Darci, o Guanandi não possuía altos níveis de dengue (Foto: Alcides Neto)
Se fosse por Darci, o Guanandi não possuía altos níveis de dengue (Foto: Alcides Neto)
Alzira admitiu que não cultiva plantas, para evitar os focos (Foto: Alcides Neto)
Alzira admitiu que não cultiva plantas, para evitar os focos (Foto: Alcides Neto)
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